A BYD, uma das líderes globais em tecnologia de transporte sustentável, deu um importante passo em direção à nacionalização de sua produção no Brasil. Em um evento realizado na nova fábrica em Camaçari, na Bahia, a montadora apresentou o Dolphin Mini, o primeiro carro elétrico 100% montado no país. Essa iniciativa não apenas marca um avanço significativo para a BYD, mas também demonstra o compromisso da empresa com o crescente mercado de veículos elétricos no Brasil.
O Dolphin Mini se destaca como o carro elétrico mais vendido do Brasil. Este modelo, que originalmente é produzido na China, agora será montado localmente no Brasil. O processo de produção só é possível graças ao sistema conhecido como SKD (Semi Knocked-Down), que implica na montagem parcial das peças. Com o tempo, essa montadora de tradição deverá evoluir até a produção nacional completa, contribuindo assim para a sustentabilidade e para a economia brasileira.
O Dolphin Mini foi premiado como o Carro Urbano do Ano de 2025 pelo World Car Awards, consolidando ainda mais seu auge no mercado. Segundo dados divulgados pela BYD, o modelo é o primeiro de três veículos que serão produzidos localmente em um futuro próximo. Os outros dois são o híbrido Song Pro (GL/GS) e o sedã King (GL/GS).
No dia do lançamento, a montadora revelou um sistema de montagem automatizado de alta precisão. Nos novos processos, robôs instalam vidros e baterias, proporcionando um controle de qualidade que ultrapassa as expectativas. Além disso, a linha de montagem tem um nível de eficiência que garante que o ruído seja mantido abaixo de 70 decibéis. Isso soa como uma grande inovação em relação à maioria das fábricas tradicionais.
A proposta da BYD com a montagem local do Dolphin Mini envolve também um apelo à acessibilidade no setor elétrico. O modelo foi projetado para ser uma opção viável para potenciais compradores, permitindo que os carros elétricos sejam acessíveis ao público. “A BYD agora é feita por brasileiros para brasileiros”, afirmou Alexandre Baldy, vice-presidente da montadora no Brasil. Essa afirmação representa não apenas uma estratégia de marketing, mas também um compromisso real em estabelecer uma longa relação com o mercado brasileiro.
Até o momento, o Dolphin Mini já superou a marca de 1 milhão de unidades produzidas globalmente, tornando-se um dos modelos urbanos mais renomados do mundo. No Brasil, a BYD já vendeu mais de 34 mil unidades desse veículo, conforme informações da própria montadora. Com a produção localizada, a fabricante espera que a sua rede de concessionárias, que atualmente conta com 180 lojas, passem a atuar com mais agilidade e eficiência para atender a crescente demanda. O objetivo final é chegar a 240 pontos de venda até o último trimestre de 2025.
O investimento na nova fábrica em Camaçari foi de R$ 5,5 bilhões, o que possibilitará a geração de até 20 mil empregos diretos e indiretos no decorrer dos próximos processos de expansão. Durante a apresentação do Dolphin Mini, a empresa não apenas revelou suas novas montadoras, mas também anunciou a criação de 3 mil novas vagas de trabalho até 2025.
Anunciada em julho de 2023, a fábrica começou sua construção em um tempo recorde. As obras tiveram início em março de 2024 e, em apenas 15 meses, o complexo estava pronto para iniciar a montagem de seu primeiro modelo elétrico. Essa rapidez nas obras demonstra habilidade tanto em planejamento quanto na execução, algo muito necessário em um período onde o setor automobilístico enfrenta desafios aditivos, como a demanda por carros mais sustentáveis e acessíveis.
Os avanços tecnológicos e as iniciativas empreendidas pela BYD não só beneficiam o setor de automóveis elétricos, mas contribuíram também para a sustentabilidade no Brasil. Esta montadora se estabelece não apenas como uma referência na indústria, mas também como um exemplo positivo de como alterar a trajetória de um mercado local para um cenário mais equilibrado e ecologicamente correto. Com todos esses fatores, o Dolphin Mini surge mais do que um relógio precioso, eleganizando a queda abrupta no tempo de transição energética e redefinindo a mobilidade urbana no Brasil.