Aumento da Eficiência em Células Fotoeletroquímicas com Glicerol
Um estudo do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) revela que a substituição da água por glicerol – conhecido como glicerina – aumenta a eficiência das células fotoeletroquímicas, que utilizam luz solar para gerar hidrogênio verde. Esta descoberta é essencial para impulsionar a produção de energia renovável.
O que são Células Fotoeletroquímicas?
As células fotoeletroquímicas utilizam luz solar para dividir moléculas de água em oxigênio e hidrogênio. Um dos desafios desse processo é a lentidão da oxidação da água. Pesquisadores globais buscam alternativas que melhorem essa eficiência, entre elas a troca da água por moléculas com propriedade de oxidação superior.
A Solução com Glicerol
Pesquisadores analisaram várias moléculas, incluindo metanol, etileno glicol e glicerol, em fotoanodos de vanadato de bismuto. Este material se destaca por sua excelente capacidade de absorção de luz, baixo custo e estabilidade. Os resultados indicaram que o glicerol é a alternativa mais eficaz para a produção de hidrogênio, gerando uma quantidade significativa de elétrons.
Vantagens do Glicerol
O glicerol não só é um subproduto da produção de biodiesel, tornando-o amplamente disponível no Brasil, mas sua oxidação também produz substâncias que podem servir como matérias-primas em várias indústrias. Elton Sitta, professor da UFSCar e líder do estudo, destaca que, apesar dos desafios, o uso de moléculas orgânicas é uma alternativa viável para evitar a corrosão dos fotocatalisadores.
Financiamento e Colaboração
A pesquisa foi realizada na Unicamp e na UFSCar, com financiamento da FAPESP através de três projetos. O artigo completo, intitulado Methanol, ethylene glycol, and glycerol photoelectrochemical oxidation reactions on BiVO4: Zr, Mo/Pt thin films: A comparative study, pode ser acessado aqui.
Essa pesquisa representa um passo importante na busca por fontes de energia renováveis e sustentáveis, ao melhorar a eficiência do processo de geração de hidrogênio verde.
Informações da Agência FAPESP
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