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Monte Rinjani registra 8 mortes e 180 acidentes em 5 anos

4 Min

Tragedia no Monte Rinjani: A Infelizmente Famosa Trilha Indonésia Registra Mais uma Morte

Na terça-feira, dia 24, o corpo da brasileira Juliana Marins foi encontrado sem vida na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia. Juliana, que havia se aventurado na região com um grupo guiado por uma agência de turismo, sofreu um acidente no sábado, dia 21, ao tropeçar e escorregar em uma área perigosa do vulcão. Segundo informações da família, ela estava a 650 metros da encosta quando caiu.

As autoridades locais já contabilizavam, nos últimos cinco anos, oito mortes e 180 acidentes registrados dentro do Parque Nacional do Monte Rinjani. Este bravo destino, que atrai turistas buscando aventura, acumulou esses números alarmantes após o crescimento do turismo na região pós-pandemia.

Lamentavelmente, o resgate de Juliana não se concretizou imediatamente. As operações enfrentaram grandes desafios devido às condições climáticas adversas e dificuldades de acesso à área afetada, que incluíram interrupções frequentes das tentativas de socorro. Infelizmente, quando os resgatistas finalmente chegaram até ela, Juliana já havia perdido a vida.

Crescimento de Acidentes e Preocupação das Autoridades

O acidente de Juliana não foi um evento isolado. Dados fornecidos pelo Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani em março de 2025 revelam a preocupante tendência de aumento nos números de acidentes. Entre 2020 e 2024, foram registradas:

Mortes:

  • 2020: 2 mortes
  • 2021: 1 morte
  • 2022: 1 morte
  • 2023: 3 mortes
  • 2024: 1 morte

Acidentes:

  • 2020: 21 acidentes
  • 2021: 33 acidentes
  • 2022: 31 acidentes
  • 2023: 35 acidentes
  • 2024: 60 acidentes

O mapeamento aponta que, entre os acidentados, 44 eram turistas estrangeiros e 136 eram turistas locais. As quedas e torções, que representaram a maioria dos casos, devem ser consideradas com confiança pela significância dos dados.

Como se não bastasse, o Parque se viu inundado por novos visitantes, muitos dos quais estavam despreparados fisicamente e sem o equipamento adequado para a trilha. A responsabilidade pela segurança dos turistas pode ser colocada em um novo foco, considerando que muitos dos acidentes também foram resultado de desrespeito às normas de segurança, conforme desvelado nas observações das autoridades.

Procedimento de Resgate em Elaboração

Diante dos alarmantes totals de acidentes, em março o governo indonésio fez um clamor pela necessitada criação de um “Procedimento Operacional Padrão (POP)”. Essa iniciativa visa instigar ações para busca, resgate e evacuação dentro do parque. A proposta reforça a importância de protocolos que assegurem a segurança dos turistas, além de termos em mente a integridade das próprias equipes de resgate.

Os oficiais se mostram conscientes de que o incremento nas visitas traz benefícios econômicos, mas, por outro lado, comparece de desafios significativos, como a proteção do meio ambiente e a responsabilidade em atos de segurança.

Um Destino de Alto Risco

O Monte Rinjani, com uma altitude de 3.726 metros, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, sendo considerado um dos melhores pontos de trekking do sudeste asiático. Contudo, essa trilha requer ênfase no preparo físico e utilização de equipamentos adequados, uma vez que a rota apresenta seções íngremes, frequentemente sujeitas a instabilidades climáticas.

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Manter a segurança em trilhas dessa magnitude, repleta de risco potencial e ainda amplamente visitada, é um desafio que precisa ser encarado por todos os envolvidos no turismo. Enquanto o apelo por aventuras continua, é imperativo que tanto turistas quanto operadores de turismo façam sua parte para garantir que tragédias, como a que tirou a vida de Juliana, não se repitam. Hoje, neste luto pela vida, a conscientização é vital.

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