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FAPESP Financia Rede de Alta Velocidade para Transmissão de Dados do Observatório Astronômico Vera Rubin

4 Min

Observatório Vera Rubin: Revolucionando a Astronomia com Tecnologia Avançada

O Observatório Vera Rubin, localizado em Cerro Pachón, a 2.682 metros de altitude nos Andes chilenos, revele suas primeiras imagens hoje. Considerado um dos principais recursos para a investigação ultrarrápida do universo, o observatório operará na banda da luz visível nos próximos 10 a 15 anos.

Capacidade Revolucionária do Vera Rubin

Equipado com um espelho de 8,4 metros de diâmetro e uma câmera digital de última geração, o Vera Rubin pode capturar imagens com um campo de visão equivalente a cerca de 45 luas cheias. Ele será capaz de fotografar novas áreas do céu a cada três ou quatro minutos, totalizando mais de 800 campos distintos por noite de operação. Isso resulta em uma produção diária de 20 terabytes de dados e gera até 10 milhões de alertas sobre eventos astronômicos, como supernovas.

Processamento e Transmissão de Dados

O céu visível no hemisfério Sul será revisitado a cada três ou quatro noites, e ao final de uma década espera-se que o observatório produza 60 petabytes de dados, identificando mais de 20 bilhões de galáxias e 17 bilhões de estrelas. Para garantir a eficiência, os dados serão enviados via uma rede de fibra óptica até centros de processamento nos Estados Unidos, com alertas enviados em menos de 60 segundos.

A Importância da Rednesp

A Rednesp (Research and Education Network at São Paulo) é crucial para essa operação, permitindo uma transmissão de até 400 Gbps, longe das limitações das redes residenciais e empresariais, que raramente ultrapassam 10 Gbps. “Um atraso de 0,2 segundos ou perda de pacotes pode comprometer a operação do Vera Rubin”, destaca o coordenador da Rednesp, Ney Lemke.

Contribuições à Comunidade Científica

A Rednesp não só atende ao Vera Rubin, mas também beneficia 36 instituições de ensino e pesquisa em São Paulo. O investimento da FAPESP na Rednesp desde 1988, com um aporte acumulado de aproximadamente US$ 125 milhões, assegura uma infraestrutura robusta e confiável que suporta a transmissão de grandes volumes de dados, essencial para os avanços em astronomia.

Pesquisadores Conectados ao Vera Rubin

Por meio desse projeto, cinco pesquisadores principais foram selecionados para integrar a equipe do Vera Rubin, juntamente com 20 associados. Entre eles estão Luis Raul Weber Abramo e Riccardo Sturani, que destacam a necessidade do Vera Rubin para observar fenômenos cósmicos em tempo real, um marco na história da astronomia.

Comparações com Outros Telescópios

O Vera Rubin, com seu telescópio Simonyi, se destaca em sua capacidade de mapear áreas imensas do céu com frequências curtas. Embora o James Webb Space Telescope seja superior em observações de galáxias distantes devido à sua posição fora da atmosfera, o Vera Rubin oferece um campo de visão amplíssimo que não pode ser ignorado. Sempre que um objeto interessante é identificado, seu estudo pode ser complementado pelas observações mais detalhadas do JWST.

Conclusão

O Observatório Vera Rubin representa um salto significativo na astronomia moderna, combinando velocidade, eficiência e tecnologia de ponta. Para mais informações, visite o site do observatório em https://rubinobservatory.org/ e sobre a Rednesp em https://rednesp.br/.

Informações da Agência FAPESP

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