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Acidente em Santa Catarina: entidade e funcionamento dos balões

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Um gravíssimo acidente registrado neste sábado (21) em Praia Grande, Santa Catarina, resultou na morte de oito pessoas que estavam a bordo de um balão. Este trágico evento levantou um alerta sobre a segurança das atividades de balonismo, que, de modo geral, são consideradas seguras, desde que todas as normas de vistoria e operação sejam respeitadas.

Ministério da Defesa do Brasil descreve o balonismo como uma “atividade desportiva legal e regulamentada”. Além disso, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) destaca o balonismo como “a forma mais segura de transporte aéreo”, sendo raramente associado a acidentes. Com isso, a prática de voar de balão pode ser entendida como um hobby seguro, que permite aos aventureiros e amantes da natureza explorar a beleza do céu.

A FAA relaciona a segurança do balonismo a várias diretrizes que devem ser seguidas por pilotos e operadoras. Um dos principais fatores que contribuem para a segurança dos voos de balão é o tratamento rigoroso das condições climáticas. O balão é lançado apenas em contextos climáticos favoráveis, evitando situações de risco, como voos em dias chuvosos ou à noite. Essas precauções são cruciais para garantir a integridade não só dos passageiros, mas também do equipamento.

Como funciona um balão? Os balões de ar quente operam com um princípio científico bastante simples: o ar quente, sendo menos denso que o ar frio, sobe. Este fenômeno é essencial para o funcionamento dos balões. Trata-se de um mecanismo onde a chama alimentada por uma fonte de gás aquece o ar contido no envelope do balão, tornando-o mais leve do que o ar externo. Como resultado, uma força de empuxo é criada, levando o balão para o céu.

Os balões de ar quente também contam com um sistema de lastro, que geralmente inclui sacos de areia. Esse lastro pode ser lançado caso o piloto precise ganhar altitude rapidamente. Para descidas, o processo é o oposto: o piloto reduz o aquecimento do ar, permitindo que ele esfrie e, consequentemente, desça.

Por outro lado, os balões de gás, que utilizam hélio ou hidrogênio, funcionam sob uma lógica similar, mas dependem do gás, que é mais leve, para gerar sustentação. Neste contexto, os pilotos têm a opção de liberar parte do gás para que a descida aconteça quando desejado.

Convém enfatizar que os balões não possuem caminho fixo e Miguel sempre se deslocam na direção do vento. Contudo, os pilotos podem ajustar a altura do balão, o que permite que aproveitem correntes de ar favoráveis.

Balões não tripulados Os balões não tripulados representam uma categoria distinta que deve ser diferenciada do balonismo. Segundo o Ministério da Defesa, a soltura de balões não tripulados pode causar riscos significativos não só às aeronaves, mas também a nata população que vive nas áreas urbanas. Esta prática é classificada não apenas como uma questão de segurança, mas como um crime ambiental.

Portanto, a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605/98) classifica a fabricação, venda, transporte ou soltura de balões que possam causar incêndios em florestas e áreas urbanas como um crime. Quaisquer atividades desse tipo podem acarretar penas que vão de seis meses a três anos de prisão.

O acidente recente, que ceifou vidas, acende um alerta para este tipo de atividade recreativa. É fundamental que os interessados em voar de balão tomem ciência das práticas seguras e dos cuidados a serem respeitados para evitar tragédias. Enquanto a regulamentação do balonismo enfatiza a segurança, a variedade do que é permitido também deixa espaço para práticas duvidosas.

Nos próximos dias, as autoridades devem proceder com uma investigação minuciosa que focará nas circunstâncias que levaram a essa tragédia lamentável. É crucial que medidas sejam implementadas para reforçar a segurança no balonismo e prevenir que tais incidentes voltem a ocorrem. A priorização da segurança não é apenas uma responsabilidade legal, mas moral em relação à vida humana.

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