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Descubra Como a Toxina de Escorpião da Amazônia Pode Combater Células de Câncer de Mama

3 Min

Veneno de Escorpião e suas Potenciais Aplicações no Tratamento do Câncer

Uma pesquisa inovadora revela que o veneno do escorpião Brotheas amazonicus, comum na Amazônia, pode se transformar em um medicamento promissor para o tratamento do câncer de mama, uma das principais causas de morte entre mulheres. Estudos conduzidos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP), identificaram uma molécula com ação antitumoral que rivaliza com quimioterápicos convencionais.

Os resultados do estudo foram discutidos na FAPESP Week França em junho, onde os pesquisadores apresentaram suas descobertas em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Descoberta da Molécula Antitumoral

A pesquisa, conduzida sob a coordenação da professora Eliane Candiani Arantes da FCFRP-USP, destaca a identificação de uma molécula na toxina do escorpião que possui semelhanças com compostos encontrados em outras peçonhas. Essas moléculas têm um impacto positivo na morte celular de câncer de mama, induzida principalmente por necrose.

Os esforços ainda englobam a clonagem e a expressão de moléculas bioativas, como proteínas de peçonha de cascavel, com potencial para desenvolver novos tratamentos. Os pesquisadores trabalham no Centro de Ciência Translacional e Desenvolvimento de Biofármacos, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), produzindo produtos inovadores, como um selante de fibrina para aplicações médicas.

Avanços em Imunoterapia e Diagnóstico

Em Campinas, outra equipe de pesquisadores está investigando novas abordagens para o câncer, focando em imunoterapia com células dendríticas. Esta técnica busca aproveitar o sistema imunológico do paciente para combater tumores, transformando células do sangue em células dendríticas e utilizando-as na criação de vacinas personalizadas.

Além disso, os cientistas do Instituto Universitário do Câncer de Toulouse estão explorando a aplicação da inteligência artificial na ressonância magnética para prever a sobrevivência de pacientes com glioblastoma. A análise da metilação da região promotora da gene MGMT oferece promissora precisão na avaliação do tratamento e prognóstico dos pacientes.

Futuras Perspectivas

As pesquisas em torno das propriedades antitumorais do veneno de escorpião e as técnicas emergentes em imunoterapia têm o potencial de revolucionar o tratamento do câncer. Com a identificação de moléculas bioativas e a aplicação de tecnologias inovadoras, o cenário da oncologia está em constante evolução, trazendo novas esperanças para pacientes ao redor do mundo.

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Para informações adicionais sobre a FAPESP Week França e pesquisas em andamento, acesse fapesp.br/week/2025/france.

Informações da Agência FAPESP

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