Descoberta Inédita: Submarino da Primeira Guerra Mundial e Avião Treinador Localizados em San Diego
Pesquisadores do Instituto Oceanográfico Woods Hole (WHOI, na sigla em inglês) e da Marinha dos Estados Unidos realizaram uma descoberta surpreendente ao encontrar os destroços do submarino USS F-1, que naufragou em 1917 durante um treinamento na Primeira Guerra Mundial. Os vestígios desta embarcação de guerra foram localizados a mais de 400 metros de profundidade, próximo à costa de San Diego, na Califórnia. De acordo com o WHOI, a condição dos destroços é “notavelmente intacta”. Essa revelação instigou a curiosidade não apenas de historiadores, mas também do público em geral.
O piloto sênior do submarino e gerente do Grupo Alvin da WHOI, Bruce Strickrott, destacou a importância da expedição. Ele afirmou: "Assim que identificamos os destroços e determinamos que era seguro mergulhar, conseguimos capturar perspectivas nunca antes vistas do submarino." Este tipo de exploração subaquática não é trivial e revela como a tecnologia avançada pode auxiliar na preservação da memória histórica.
Além do submarino, as investigações também revelaram o local de um acidente envolvendo um avião de treinamento da Marinha, que caiu em 1950 na mesma região. O site LiveScience publicou as impressões geradas durante a investigação.
O Que Foi Descoberto em San Diego?
A primeira e impressionante descoberta foi que o USS F-1 afundou após uma colisão. O incidente aconteceu em testes enquanto neblina intensa encobria a visão. Em um infeliz acidente, o USS F-3 colidiu com o USS F-1, resultando na morte de 19 tripulantes e no resgate de apenas três. Essa tragédia moralizou a extensão do risco associado às operações marítimas durante a guerra.
Junto com o submarino, o Grumman TBF Avenger, um bombardeiro de treinamento, também foi encontrado. Esse avião, do qual a tripulação sobreviveu ao acidente, era finalmente identificado oficialmente, confirmando a sobrevivência dos envolvidos.
Esses achados ocorreram graças à tecnologia de ponta utilizada pelos veículos submersíveis Alvin e Sentry. Equipados com câmeras modernas de alta resolução, esses instrumentos teve um papel crucial na identificação e na documentação dos destroços.
O USS F-1, afundado rapidamente após a colisão, representa mais do que apenas uma estrutura submersa; é um monumento a tragédias esquecidas. Na época, o submarino estava realizando testes entre San Pedro e San Diego, sendo acompanhado também pelos submarinos USS F-2 e USS F-3.
Após o acidente, o F-3 permaneceu no local tentando resgatar os sobreviventes. O número total de mortos atingiu 19, consagrando a região como um verdadeiro panteão de guerra.
Localizado inicialmente na década de 1970, o USS F-1 foi mapeado com precisão somente neste ano. Essa nova investigação fez uso das tecnologias dos veículos submersíveis Alvin, que é tripulado, e Sentry, que opera de forma autônoma. Identifique-se que o submarino foi encontrado de lado e com o casco bem preservado. Em respeito às vítimas, os pesquisadores decidiram não realizar contato físico com a estrutura.
A Revelação do TBF Avenger
Além do submarino, os pesquisadores realizaram uma análise cuidadosa do local de queda do bombardeiro Grumman TBF Avenger, que atuava em missões de treinamento pela Marinha dos EUA. Embora a Marinha já conhecesse o modelo, ela desconhecia sua localização exata.
A expedição também confirmou que a tripulação sobreviveu ao acidente e trouxe à tona um detalhe curioso: o número “13”, que estava pintado na fuselagem do aeronave. Esse fato acendeu discussões, despertando não apenas o sistema de unidade de combate, mas também especulações supersticiosas.
Essa descoberta serve como um rico testemunho dos dramatismos da Primeira Guerra Mundial e das histórias ainda não completamente reveladas que habitam as profundezas dos oceanos. Os destroços do USS F-1 e do Grumman TBF Avenger permanecem, assim, não só como relíquias do passado, mas também como apelos por um reconhecimento mais completo do heroísmo e do sacrifício dos que serviram. A pesquisa subaquática continuada certamente revelará novos achados e resgatará mais lições do nosso passado coletivo.
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