Anvisa Determina Recolhimento de Whey Protein da Piracanjuba por Contaminação
Nesta quinta-feira (7), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a decisão de recolher o lote 23224 do Whey Protein Suplemento Alimentar em Pó, sabor chocolate, da marca Piracanjuba, devido a uma contaminação descoberta em testes de qualidade. O produto foi considerado impróprio para consumo após ter sido verificado um resultado insatisfatório na contagem de uma bactéria conhecida como Staphylococcus aureus, a qual é responsável por diversas infecções.
O que motivou a ação da Anvisa foram os resultados apresentados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal, que indicaram uma contagem irregular dessa bactéria na amostra testada. O Staphylococcus aureus pode ser muito perigoso quando presente em níveis elevados em alimentos, já que pode gerar toxinas que provocam sérias reações no sistema digestivo humano. Entre as possible manifestações, destacam-se náuseas, vômitos, cólicas e diarreia, que configuram riscos evidentes à saúde.
Diante dessa situação preocupante, consumidores que compraram o whey do lote suspenso devem entre em contato com a Piracanjuba para orientações sobre como proceder com a devolução ou a substituição do produto. O número do lote pode ser encontrado na embalagem, facilitando a identificação para aqueles que já adquiriram a mercadoria.
O Que Diz a Empresa
Em resposta à decisão da Anvisa, a Piracanjuba lançou uma nota oficial. Nele, a empresa esclarece que possui um laudo que atesta a regularidade e a conformidade de seus produtos. Esse laudo foi emitido por laboratórios credenciados pela própria Anvisa. A companhia afirma que tomará as providências cabíveis para resolver todas as questões levantadas pela Agência, buscando assim garantir a confiança de seus consumidores.
Vale ressaltar que esse não é um caso isolado de recaída em standards de qualidade no Brasil. A Anvisa tem sido rigorosa em suas inspeções, manifestando preocupação constante com a saúde pública por meio da identificação de produtos contaminados.
Recentemente, a Anvisa também proibiu três marcas de “café fake” de fabricarem e venderem bebidas sabor café. Os produtos ties apontados foram os da Melissa, Pingo Preto e Oficial. As proibições ocorreram após inspeções que revelaram a contaminação por ocrato—uma toxina conhecida que não pode ser consumida por humanos. Com essa nova decisão, o recolhimento de todos os lotes já comercializados será efetuado, tornando necessária a démonstração de ação preventiva junto ao consumidor.
Riscos da Toxina Ocratoxina A
A ocratoxina, considerada uma micotoxina nefrotóxica e nefrocarcinogênica, é produzida por fungos, especialmente dos gêneros Aspergillus e Penicillium. Ela representa um grave risco à saúde, pois pode causar danos aos rins e também ao fígado, contribuindo para doenças renais crônicas e até mesmo deficiências mais severas. Esse produto compromete também a saúde estética e a funcionalidade do fígado, podendo levar a condições menores, como acúmulo de gordura, até problemas mais evidentes como cirrose.
Desclassificação no Mercado de Café
Ainda segundo a Anvisa, as marcas mencionadas anteriormente já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) por apresentaremirregularidades, impurezas acima do permitido e, até mesmo, por informações incorretas sobre a rotulagem. Embora prometessem conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, essas marcas tinham dosagens de ingredientes de qualidade inferior.
É evidente que vários problemas estão afetando a cesta de produtos disponíveis para os consumidores. Situações como essa suscitam uma discussão necessária sobre as práticas de segurança alimentar no Brasil e a importância de manter paulatinamente as regulamentações em aspectos tão fundamentais para saúde pública.
Em suma, é necessário que tanto as empresas quanto os órgãos reguladores continuem a fazer seu papel para que os produtos que cheguem ao consumidor estejam em conformidade com as normas e práticas adequadas, evitando assim danos à saúde quanto desperdícios alimentares. A preservação da saúde começa pela comida que escolhemos consumir, e estar alerta é sempre um bom passo a seguir.
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