A água é uma das substâncias mais essenciais para a vida, e a busca por suas fontes no espaço tem atraído a atenção de várias agências e representantes de governos ao redor do mundo. Recentemente, a DARPA, uma agência vinculada ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos, lançou uma iniciativa audaciosa: buscar água na Lua. Em um comunicado divulgado no dia 14 de abril, anunciou que já iniciou um processo de seleção de empresas privadas para desenvolver espaçonaves que serão parte do programa conhecido como LASSO, ou Lunar Assay via Small Satellite Orbiter.
De acordo com as diretrizes da missão LASSO, o objetivo é mapear a superfície lunar em um curto prazo de quatro anos. Essa pesquisa focalizará áreas onde a concentração de água seja superior a 5%, utilizando uma resolução de no máximo 4 km². Essa empreitada não é apenas um passo em direção à exploração lunar; promete tem impacto significativo nos planos futuros de exploração espacial.
A busca por água na Lua é o cerne do projeto da DARPA. Como perspectiva inicial, a agência não apenas objetiva identificar onde a água está localizada, mas também pretende conduzir uma comparação de custos entre a água da Terra e a água lunar. Isso vislumbra um futuro em que a colonização ou extração de recursos lunares possa se tornar viável economicamente.
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Vale mencionar que as espaçonaves atualmente em operação na órbita lunar mantêm uma distância de pelo menos 100 km acima da superfície. Essa margem é necessária devido à presença de concentrações de massa, conhecidas como mascons, que influenciam a gravidade local e criam boulevers de movimento. A missão LASSO pretende romper esse paradigma, trazendo os jatos de exploração lunar a uma altitude mínima de 10 km. A proximidade permitirá uma análise mais detalhada das superfícies lunares, criando uma nova faixa de oportunidades para a extração de água sob “tamanho e confiança suficientes”, como descreve a DARPA.
A evolução das tecnologias necessárias para a execução dessa missão poderá beneficiar não só a DARPA, mas também a Força Espacial dos Estados Unidos (USSF). Um dos objetivos explícitos é estabelecer inovações que aumentem a manobrabilidade e promovam uma maior consciência situacional espacial. Na visão da DARPA, o LASSO ajudará a definir capacidades que contribuam significativamente para as missões não apenas da descendência militar, mas também das atividades comerciais na esfera espacial.
O investimento nas capacidades espaciais não deve ser encarado isoladamente. Este projeto enriquece uma série de estudos que visam preparar os EUA para atividades de exploração sob o que a DARPA denota como “condições orbitais estressantes”. Essa promessa se conecta à compreensão de que as seguintes excursões humanas pelo cosmos exigirão planejamento robusto e que a exploração de recursos lunares pode alterar o jogo das missões espaciais.
É inegável que o reconhecimento da existência de reservas comprovadas de água alteraria dramaticamente o desenvolvimento em torno de explorações futuras. Dependendo do contexto econômico que couber à extração de água lunar, cometendo à parte da eterna dúvida se essa água poderia ser utilizada para sustentar variações de vida ou mesmo etapas pragmáticas de combustível. Em suma, a pesquisa em curso destina-se a esclarecer essa controvérsia.
Mesmo com todos os desafios que a ocasional inhospitabilidade lunar apresenta, a oportunidade de perquirições detalhadas sobre líquidos na superfície lunar carrega um potencial renovado para a guerra espacial e outras sinergias entre indústria e ciência. A DARPA aspira a, inicialmente, gravar essa situação em mapeamentos interpretáveis que facilitem futuras decisões inovadoras na amostrança planetária.
Com as tecnologias emergentes, iniciativas como a do LASSO concentram-se na construção de competências e na implementação de projetos ousados que integram o industrial à explorer. Assim, mesmo que a água permaneça no horizonte, a valorização como uma mera unidade circular traz uma nova perspectiva de resultados reais: garantir um futuro mais doméstico e habitável entre planetas.
Por fim, a expectativa residida na missão LASSO sublinha a crescente apatia pelo cosmos e transforma impassível a crença nas possibilidades promissoras da exploração sob os sísmicos, mas também inexplorados. Tudo que é requerido são tecnologias e iniciativas dispostas a desafiar a própria noção de expansão da vida espacial. As etapas que estão por vir almejam um avanço duradouro e, se bem sucedido, o LASSO poderá iluminar novos caminhos na cartografia e King, globalmente.