Neste domingo, 20 de outubro de 2023, o renomado astronauta Don Pettit retornou à Terra, após passar sete intensos meses na Estação Espacial Internacional (ISS). A data foi especial não apenas pelo seu retorno, mas também por marcar seu 70º aniversário, consolidando Pettit como o astronauta mais velho em atividade da NASA.
Pouso na terra
A missão foi encerrada com a chegada da cápsula Soyuz MS-26. Pettit emitiu reflexões sobre a experiência espacial ao longo da jornada, um destaque da qualificação de seu trabalho. Junto com seus colegas Alexei Ovchinin e Ivan Vagner, o pouso ocorreu às 4h20, horário de Moscou, ou 22h20, horário de Brasília. A descida ocorreu próxima à cidade de Zhezkazgan, localizada no Cazaquistão, uma área tradicionalmente usada para os retornos de astronautas.
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Antes do retorno, em uma postagem emocional nas redes sociais, Pettit descreveu seus sentimentos frente à viagem que concluía: “Depois de sete meses na estação espacial, voltaremos em nossa nave Soyuz, pousando nas estepes do Cazaquistão. Quando nossa cápsula tocar o solo naquelas planícies desérticas, estarei literalmente do outro lado da Terra, a quase 19 mil quilômetros de casa. Mas, de certa forma, estarei em casa.” Este pensamento mostra não apenas a alegria de retornar, mas também a profunda conexão que formou com o espaço e a experiência vivida.
Uma visão poética do futuro
Pettit não parou por aí ao compartilhar suas visões. Em um tom poético e esperançoso, ele fez uma projeção sobre as futuras missions interplanetárias: “Posso imaginar que, no futuro, uma tripulação retornando de Marte, ao entrar na órbita baixa da Terra, olhará para esta joia azul girando abaixo e dirá: ‘Estou em casa’.” Essa declaração ressoa com muitos que sonham com viagens interplanetárias, moldando um futuro onde a exploração do espaço se tornará mais comum e acessível.
O envolvimento na missão
O retorno da Soyuz MS-26 à Terra não se deu de maneira abrupta. O processo começou no sábado, 19 de outubro, quando a nave desacoplou da ISS. A viagem de volta levou cerca de duas horas e meia, um tempo que incluiu a reentrada na atmosfera terrestre e, felizmente, um pouso seguro. Essa transição é uma parte crítica de qualquer missão espacial.
Durante os meses que passaram no espaço, Ovchinin e Vagner contribuíram para diversas atividades além das normais, incluindo pesquisas científicas e caminhadas espaciais. Uma das mais notáveis foi uma caminhada espacial de 7 horas e 17 minutos para instalar um espetacular espectrômetro de raios X no módulo Zvezda. Ademais, o trio assistiu à chegada da Soyuz MS-28 e das naves de carga Progress MS-29 e MS-30, além de acompanhar a partida das naves Progress MS-27 e MS-28.
Novos marcos na exploração espacial
A missão Soyuz MS-26 se destacou não apenas por seu tempo no espaço, mas também por ser a 72ª missão russa à ISS desde o ano 2000 e a 155ª desde 1967. Durante seus 220 dias ao redor da Terra, a nave percorreu impressionantes 150,2 milhões de quilômetros e completou 3.520 órbitas. Esses números reafirmam a importância contínua das missões espaciais de longa duração e seu papel na exploração do universo.
A história de Don Pettit e sua jornada espacial fornece um testemunho inspirador sobre o progresso alcançado pela humanidade em sua busca por conhecimento e essência do universo. Seu retorno e sob os ventos do seu aniversário, o astronauta traz uma ricaênfase à conexão entre as experiências espaciais e a vida na Terra. Na intersecção do passado e do futuro, Pettit representa a curiosidade insaciável do ser humano para explorar o desconhecido e o desejo eterno de voltar para casa.

