Um novo alerta suscita preocupações em todo o mundo: a mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) está apresentando sinais claros de transmissão entre humanos. Em um estudo recente, pesquisadores da Universidade de Surrey, na Inglaterra, destacaram essa ameaça, que ocorre com a variante 1B do vírus, identificada como mais contagiosa e já registrada em países da África, Ásia e Europa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a mpox como uma emergência global no ano anterior, e agora o quadro de contágio parece mais alarmante.
O estudo revela que o aumento das mutações do vírus tem elevado o risco de uma nova pandemia. Este fenômeno se traduz em um impacto direto na saúde pública mundial. O contato íntimo foi identificado como uma forma de transmissão predominante da mpox, levando a cadeias de contágio mais extensas e surtos prolongados.
Imagem: O vírus da mpox e suas implicações para a saúde global (Imagem: QINQIE99/Shutterstock)
As análises dos cientistas apontam que a transmissão da mpox se ampliou por conta das mutações genéticas do vírus. Na pesquisa divulgada na renomada revista Nature Medicine, os pesquisadores ressaltam que as enzimas presentes no organismo humano estão potencializando essas mutações. Isso poderia tornar o vírus mais adaptável aos humanos, facilitando sua transmissão e, consequentemente, o surgimento de uma nova pandemia.
Um dos maiores desafios atuais é a crescente facilidade de transmissão entre humanos, que não era tão evidente anteriormente. Além da mudança nas características de espalhamento do vírus, a situação se torna mais complicada pela permanência dos surtos, que estão se tornando recorrentes e duradouros. Essa perspectiva revela um cenário preocupante, que exige uma resposta pronta das autoridades de saúde global.
Reconhecida por causar erupções cutâneas, febre e fadiga, a mpox foi identificada pela primeira vez na década de 1950. Ela inicialmente chamava a atenção principalmente de estudos sobre zoonoses, dado que seu mercado de nicecção eram primatas e outros animais. Contudo, desde 2020, surgiram evidências crescentes de infecções humanas diretamente associadas à propagação da mpox, o que suspendeu o alerta para potenciais surtos entre populações cada vez mais extensas.
Além de seu impacto direto na saúde pública, a nova evidência a respeito da repercussão das mutações e da facilidade de transmissão levanta questões pertinentes sobre a necessidade de vigilância sanitária. A OMS e outros órgãos de saúde deverão intensificar seus esforços de contenção e monitoramento para evitar uma escalada de contágios.
A complexidade da mpox é ainda acentuada pela peculiaridade de sua transmissão, dependente de contato físico próximo e prolongado. Dessa forma, a identificação de grupos de risco e a sensibilização da população sobre as formas de prevenção ganharão ainda mais relevância.
Em suma, o surgimento de mutações vigentes e intensificadoras em tempos recentes provocam uma *reflectância sobre a necessidade de preparação global para lidar com novas emergências de saúde pública*. Tais medidas ocasionalmente têm ocorrido após eventos desastrosos deixando doenças não controladas escalarem.
Diante dessa realidade, cidadãos e autoridades devem unir esforços em medidas eficazes de prevenção. Protocólos de controle, campanhas informativas e práticas de educação sanitária são ferramentas vitais que precisam ser urgentemente melhorados e pautados no discurso público.
A **mpox**, portanto, não é “apenas” um desafio a mais na luta global contra pandemias. Ela exige reformulações na nossa reação coletiva a surtos e crises de saúde. A responsabilidade de *cada um* nesse contexto, assim, se torna indispensável para essa batalha.