O Macaco: entenda o final do filme explicado

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O filme “O Macaco” estreou no Brasil no dia 6 de março e rapidamente conquistou o público nos cinemas líderes de bilheteira. Baseada em uma obra do renomado escritor Stephen King, a produção é marcada por um final caótico e repleto de mortes bizarras, aspectos que merecem uma análise mais aprofundada. A narrativa envolve elementos complexos que não apenas intrigam os expectadores, mas também os deixam curiosos sobre o significado e as lições a serem extraídas da experiência cinematográfica.

A trama segue os irmãos gêmeos Hal e Bill, que, durante a infância, encontram um macaco de brinquedo, uma lembrança ligada ao pai deles. Contudo, a descoberta do brinquedo se transforma em um pesadelo: várias mortes terríveis começam a ocorrer, alimentando uma atmosfera intensa de terror. Para aliviar esse tormento, os irmãos decidem jogar o macaco fora, pensando que finalmente conseguirão retomar suas vidas normais. Situação dura pouco, pois, anos depois, o terror retorna com novos assassinatos, forçando-os a enfrentar seu passado amaldiçoado.

Os protagonistas são interpretados pelo talentoso Theo James, conhecido por seu papel em “The White Lotus”, e a talentosa Tatiana Maslany, aclamada por seu desempenho em “Mulher-Hulk”. Juntam-se a eles artistas respeitados, como Christian Convery de “Sweet Tooth” e Elijah Wood, famoso por sua atuação na franquia “O Senhor dos Anéis”. O elenco traz inúmeras participações que garantem um conjunto de atuações envolventes e convincentes.

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Nas próximas linhas, você verá muitos SPOILERS sobre o longa.

Na narrativa, a complexidade da relação entre Hal e Bill é particularmente interessante. Bill cultivou um rancor intenso devido a uma antiga rivalidade entre os dois irmãos, alimentada pelo desejo infantil de Hal de vê-lo morto. Esse aspecto sombrio se intensifica com a presença sinistra do macaco de brinquedo. A tensão escala quando Bill decide contratar um índico chamado Ricky, com o intuito de eliminar Hal e recuperar o brinquedo amaldiçoado. Contudo, os planos de Bill tomam um rumo trágico quando Ricky é assassinado por um enxame de abelhas, um golpe inesperado que acentua a natureza caótica da história.

No clímax da história, Hal e Bill se reconciliam durante um momento emocional. No entanto, essa breve paz é rapidamente interrompida quando um mecanismo oculto ativa uma bola de boliche, que, em uma cena chocante, decapita Bill. Esse acontecimento ressalta uma acentuada mensagem sobre as consequências trágicas que desejos não resolvidos podem desencadear na vida das pessoas.

Após a morte de Bill, Hal decide manter o macaco de brinquedo consigo, crendo que isso evitará novas vítimas ao prevenir que o mecanismo escondido dentro dele seja ativado novamente. Ao deixar a cidade, ele se depara com uma intereante figura: um misterioso cavaleiro pálido, uma clara referência bíblica ao Apocalipse 6:8. Esse encontro simboliza a presença iminente da morte e os perigos incessantes ao redor do artefato maligno.

Outro ponto que intrigou muitos fãs foi a aparição fugaz do pai de Hal e Bill, que tenta destruir o macaco utilizando um maçarico antes de rapidamente desaparecer. O súbito sumiço do pai levanta dúvidas sobre seu verdadeiro destino e intenções, insinuando a possibilidade de tramas paralelas cometidas por diversas entidades naquele universo ficcional.

O final deixado em aberto sugere amplas oportunidades para continuações, com o mesmo macaco permanecendo como uma iminente ameaça enquanto existir. Essa fonte de terror se tornará, além de um importante elemento da história, um impacto muito discutido se uma sequência for produzida. “O Macaco”, com suas reviravoltas imprevisíveis e elementos de horror psicológico, pode desencadear debates interessantes sobre o papel das ídeias irrealizadas e ressentimentos não superados que moldam as vidas dos personagens e, de certa forma, de todos nós. O terror sob essa nova perspectiva prevista pelo enredo desafia a forma com que nos relacionamos com o passado, o medo e com os outros.

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