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Preocupação com quantidade de microplásticos no cérebro humano

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Um novo estudo revelou uma descoberta alarmante: a quantidade de microplásticos em nossos corpos é tão expressiva que pode preencher cerca de 0,5% dos nossos cérebros. A presença desses materiais minúsculos já foi identificada em praticamente todos os órgãos humanos, levantando sérias preocupações sobre os impactos dessa contaminação na saúde.

Os cientistas constataram que a quantidade de microplásticos no organismo humano é ainda maior do que se imaginava. Amostras de cérebro humano coletadas durante autópsias mostraram a presença de sete a 30 vezes mais fragmentos de plástico do que oito anos atrás. No total, foram identificados 4.800 microgramas por grama, o equivalente a uma colher de plástico padrão inteira, o que representa 0,5% dos cérebros já compostos por plástico.

Além disso, os pesquisadores encontraram de três a cinco vezes mais fragmentos de plástico em cérebros de pessoas diagnosticadas com demência anteriormente do que em cérebros saudáveis. Esses fragmentos, praticamente invisíveis a olho nu, estavam concentrados nas artérias e veias do cérebro, assim como nas células imunológicas cerebral.

Embora os estudos indiquem essas descobertas alarmantes, os efeitos do acúmulo de plástico no organismo humano ainda não são completamente compreendidos. As implicações para a saúde humana são motivo de investigações contínuas e ainda não há uma conclusão definitiva sobre os problemas que podem surgir dessa situação.

Os microplásticos são partículas sólidas de materiais derivados de polímeros com menos de cinco milímetros de diâmetro. Presentes no planeta por milhares de anos, essas substâncias estão altamente disseminadas pelo globo, inclusive na água potável. Podem ser divididas em primárias, oriundas de produtos como cosméticos e redes de pesca, e secundárias, resultantes da fragmentação de itens plásticos maiores.

Esses materiais têm sido detectados em diversos órgãos humanos, como sangue, cérebro, coração, pulmões, fezes e até mesmo placentas. Embora ainda não se tenham certezas sobre os impactos à saúde, estudos sugerem que os microplásticos podem contribuir para o surgimento de doenças como Parkinson e afetar a produção de espermatozoides, impactando a fertilidade masculina.

Diante desse cenário preocupante, é essencial que sejam realizadas mais pesquisas para entender a dimensão dos efeitos dos microplásticos na saúde humana. A conscientização sobre os problemas causados pela contaminação por plástico se torna cada vez mais urgente, visto que os impactos a longo prazo podem ser significativos e afetar diretamente a qualidade de vida das pessoas.

Em conclusão, a presença cada vez mais expressiva de microplásticos em nossos corpos é um alerta vermelho para a necessidade de mudanças urgentes em relação ao uso e descarte de plásticos no dia a dia. A saúde humana deve ser priorizada, e medidas efetivas devem ser tomadas para reduzir a exposição a essas substâncias nocivas que estão se tornando parte integrante de nossos corpos. A conscientização e a ação são fundamentais para lidar com essa crescente ameaça à nossa saúde e ao nosso meio ambiente.

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