O Estado de São Paulo está se preparando para lidar com um possível surto de dengue, com a produção do primeiro lote da vacina tetravalente pelo Instituto Butantan e a criação de um Centro de Operação de Emergência. Além disso, foi anunciado um repasse de R$ 228 milhões para apoiar os municípios paulistas no combate às arboviroses, como a dengue.
O surgimento do sorotipo 3 da dengue no Brasil após 17 anos sem circulação é uma das preocupações, pois pode levar a novos surtos da doença, já que a população não está imunizada contra esse tipo específico. Os sorotipos 1 e 2 ainda estão em circulação no país.
O Instituto Butantan já iniciou a produção dos insumos para cada um dos quatro sorotipos do vírus, com a expectativa de ter doses rapidamente disponíveis para a população após a aprovação da vacina pela Anvisa.
Leia Também
Os resultados do ensaio clínico da Butantan-DV publicados no New England Journal of Medicine demonstraram uma eficácia geral da vacina de 79,6% ao longo de dois anos, com uma eficácia de 89,5% para DENV-1 e 69,6% para DENV-2.
A produção da Butantan-DV ocorre em etapas distintas, sendo fabricados individualmente os tipos do vírus para posteriormente compor a formulação final da vacina. O governador ressaltou que o imunizante estará disponível em larga escala no próximo ano e que é importante focar no combate ao mosquito.
O desenvolvimento da vacina tetravalente contra a dengue teve início em 2010, com apoio da FAPESP, e passou por várias fases de ensaios clínicos. Os resultados atestaram a segurança da vacina para indivíduos de 2 a 59 anos, e o Butantan aguarda autorização da Anvisa para estudos clínicos com a população acima de 60 anos.
Informações da Agência FAPESP