Ventos de até 160 km/h têm dificultado os trabalhos das autoridades dos Estados Unidos em meio a um dos maiores incêndios florestais já registrados na costa oeste do país. As chamas já devastaram milhares de quilômetros de vegetação nas proximidades de Los Angeles. Duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. Além disso, milhares de estruturas já foram totalmente consumidas pelas chamas. Segundo o corpo de bombeiros dos EUA, a situação ainda está longe de estar sob controle.
As fortes rajadas que têm sido registradas na região nas últimas horas fazem parte de um fenômeno climático de grande intensidade. Os chamados ventos de Santa Ana são ventos secos que removem a umidade da vegetação, o que facilita a ocorrência de incêndios. Uma vez que o fogo começa, os ventos também ajudam a espalhar as chamas.
Meteorologistas apontam que os ventos de Santa Ana ocorrem quando uma grande área de alta pressão se instala no interior do oeste dos EUA, ao redor da Grande Bacia, uma área que inclui grande parte de Nevada, Utah, Idaho e o sudeste do Oregon. Essas regiões são geralmente desérticas, o que significa que ventos secos fluem de leste a oeste e chegam à Califórnia sem umidade.
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De acordo com uma publicação do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos, estas rajadas podem causar danos significativos às propriedades, mas também aumentam o risco de incêndios florestais devido à secura e à velocidade com que as chamas podem se espalhar.
O fenômeno pode ocorrer inúmeras vezes ao longo do ano, sendo mais comum durante os meses mais frios, entre o final de setembro e maio. Normalmente, os ventos de Santa Ana duram apenas alguns dias, mas podem persistir por até uma semana em certas condições. As informações são da BBC.
O fogo começou no Pacific Palisades, uma área nobre da cidade entre Santa Monica e Malibu, ainda nesta terça-feira (07). Um segundo foco teve início próximo a Pasadena, no norte de Los Angeles, e multiplicou de tamanho em poucas horas. Os bombeiros ainda informaram que um terceiro incêndio começou em Sylmar, no Vale de São Fernando, a noroeste da cidade. Segundo as autoridades dos EUA, cerca de 37 mil pessoas foram evacuadas. O chefe de polícia de Los Angeles, Robert G. Luna, classificou os incêndios como “sem precedentes e imprevisíveis”.
Os ventos de Santa Ana estão desafiando os esforços das autoridades em conter os incêndios florestais na costa oeste dos Estados Unidos. Com rajadas atingindo até 160 km/h, a situação se agrava a cada minuto na região de Los Angeles, onde milhares de quilômetros de vegetação já foram consumidos pelas chamas.
Até o momento, duas vidas foram perdidas e diversas pessoas estão sofrendo ferimentos decorrentes do desastre. As estruturas construídas na região também foram fortemente impactadas, com milhares delas já totalmente destruídas pelas intensas chamas.
O fenômeno dos ventos de Santa Ana, caracterizado por sua extrema secura e capacidade de remover a umidade da vegetação, tem favorecido a propagação dos incêndios. Uma vez iniciado o fogo, a ação desses ventos contribui para acelerar a propagação das chamas, dificultando o controle da situação pelas autoridades locais.
Segundo especialistas em meteorologia, os ventos de Santa Ana são mais comuns durante os meses mais frios do ano, entre setembro e maio, quando a alta pressão se instala na região oeste dos EUA. O deslocamento do ar seco proveniente de áreas desertas intensifica a ocorrência desses ventos na Califórnia, aumentando o risco de incêndios florestais.
A situação tem levado as autoridades a tomar medidas extremas, incluindo a evacuação de milhares de pessoas e o emprego de equipes de bombeiros em todos os focos de incêndio. O chefe de polícia de Los Angeles destacou a gravidade dos incêndios, descrevendo-os como eventos sem precedentes e imprevisíveis.
Os satélites mostram o rápido avanço das chamas, que continuam desafiando os esforços da equipe de resgate. A continuidade dos ventos de Santa Ana coloca a região em alerta máximo, com a população local vivenciando momentos de tensão e incerteza em meio a um dos maiores desastres naturais da história recente dos Estados Unidos.

