O G20, grupo das 19 nações mais ricas do mundo, mais a União Europeia e a União Africana, apresentou na semana passada um acordo para triplicar as fontes de energias renováveis até 2030. O Brasil destaca-se nessa discussão devido ao uso de fontes renováveis na maior parte de sua matriz energética. Entre as opções para uma transição energética, temos fontes renováveis como a hidráulica, solar, eólica e biomassa da cana-de-açúcar – esta última com o Estado de São Paulo entre os líderes de produção no país.
A bioenergia e a eficiência energética foram os temas da edição mais recente do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação. Luiz Augusto Horta Nogueira, pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Universidade Estadual de Campinas (Nipe-Unicamp) e membro do comitê científico do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), destacou a importância do uso correto da energia e o debate sobre o uso de recursos renováveis e a cogeração.
Marcelo Pereira da Cunha, professor do Instituto de Economia da Unicamp, ressaltou a necessidade de uma transição para fontes limpas devido às emissões de gases do efeito estufa. Ele destacou que a produção de biocombustíveis no Brasil gera mais empregos do que a de combustíveis fósseis e impacta positivamente a geração de renda.
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Newton Duarte, presidente-executivo da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), enfatizou a importância da cogeração e seu potencial de aumento na produção de eletricidade com a mesma quantidade de biomassa. Ele também abordou o tema dos carros elétricos e destacou a eficiência dos veículos híbridos a etanol na redução das emissões de CO2.
Rodolfo Pinheiro da Silva, coordenador do Instituto Senai de Inovação em Sistemas Elétricos de Potência, ressaltou o papel do Brasil na transição energética e a importância da eficiência energética na redução do consumo de energia e das emissões de CO2. Ele destacou o potencial de desenvolvimento tecnológico em tecnologias voltadas para a eficiência energética para alcançar as metas de redução de gases de efeito estufa.
O evento também contou com a participação do deputado estadual Sebastião Santos, coordenador da Frente Parlamentar de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico, Implantação de Cidades Inteligentes e Expansão de Projetos de Energia Renovável e Sustentável, e de Agnes Sacilotto, diretora-presidente do ILP.
Informações da Agência FAPESP