Diversos estudos já correlacionaram o Parkinson a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Agora, uma nova pesquisa sugere que a exposição à poluição atmosférica ao longo dos anos pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença.
De acordo com os pesquisadores, um dos potenciais culpados é o PM2.5, que são partículas finas que podem percorrer grandes distâncias. Elas também podem atravessar a barreira hemato-encefálica, causando inflamação e estresse oxidativo. Esses fatores poderiam permitir o desenvolvimento e a progressão da doença. As conclusões foram descritas em um estudo publicado na revista JAMA Network Open.
O estudo avaliou 5.200 pacientes, incluindo cerca de 350 com Parkinson, e acompanhou seus níveis de exposição à poluição dos anos de 1998 a 2019. Os cientistas descobriram que os pacientes tinham maior probabilidade de desenvolver a doença caso fossem expostos a níveis elevados de poluição nos 10 anos anteriores ao diagnóstico.
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Nas áreas metropolitanas, as pessoas que viviam em bairros com os níveis mais elevados de poluição atmosférica tinham 23% mais probabilidades de desenvolver a condição, em comparação com as pessoas que viviam em áreas com os níveis mais baixos.
Os pacientes expostos a uma qualidade do ar pior apresentaram maior probabilidade de desenvolver discinesia (espasmos musculares na face, braços, pernas ou tronco) e de apresentar rigidez acinética, dois sintomas típicos da doença.
Para os cientistas, a relação entre os fatores é clara. Por isso, eles defendem que reduzir a poluição atmosférica pode não só prevenir o desenvolvimento da doença, mas também melhorar a qualidade de vida dos pacientes que já foram diagnosticados com o Parkinson.
A doença de Parkinson afeta cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo. A poluição típica das grandes cidades aumenta os riscos de desenvolvimento da doença. Imagens de cidades poluídas chamam a atenção para os perigos dos poluentes presentes no ar que respiramos diariamente.
É importante destacar a necessidade de conscientização e de ações para reduzir a poluição atmosférica e proteger a saúde pública. Investimentos em transporte público e energia limpa, bem como políticas de controle de emissões nas indústrias, são essenciais para mitigar os impactos negativos da poluição na saúde da população.
Portanto, é fundamental que governos, empresas e a sociedade como um todo estejam cientes dos efeitos nocivos da poluição atmosférica e trabalhem juntos para promover um ambiente mais saudável e sustentável para as gerações futuras. A prevenção é a melhor estratégia para combater o Parkinson e outras doenças relacionadas à poluição do ar.