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Estudo aponta necessidade de ações urgentes diante do impacto da urbanização no litoral paulista

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Pesquisadores do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (IMar-Unifesp), em Santos, realizaram um mapeamento detalhado da linha costeira do Estado de São Paulo. O estudo inédito revelou dados sobre a urbanização das zonas costeiras do Brasil, destacando a necessidade de ações para uma gestão costeira sustentável e resiliente.

Durante o pós-doutorado, Aline Martinez, com o apoio da FAPESP e do CNPq, liderou a pesquisa que quantificou a extensão de estruturas artificiais, como quebra-mares, espigões e cais de porto, bem como ocupações em zonas costeiras de baixa elevação. Essas áreas são altamente vulneráveis a eventos climáticos, como o avanço do nível do mar e a erosão.

Os resultados revelaram que o litoral paulista tem 245 quilômetros de estruturas artificiais na linha de costa, sendo que 80% delas são infraestruturas de proteção costeira. Essas estruturas, apesar de úteis para atividades diárias, causam impactos ambientais significativos, como a perda de biodiversidade e serviços ecossistêmicos essenciais.

Além disso, mais de 300 quilômetros da costa paulista possuem ocupações humanas em áreas vulneráveis, representando mais de 25% da linha costeira “mole” do Estado. A pesquisa ressaltou a importância de preservar manguezais e restingas, que atuam como primeira linha de defesa contra os impactos das mudanças climáticas.

Diante desses dados alarmantes, é urgente promover ações eficazes para mitigar os impactos da urbanização costeira e promover um desenvolvimento sustentável. O estudo enfatiza a necessidade de preservar os manguezais e restingas remanescentes, além de alertar para as ameaças das alterações em leis que facilitem a ocupação de áreas costeiras vulneráveis às mudanças climáticas.

Para mais informações, o artigo completo pode ser acessado em: https://link.springer.com/article/10.1007/s44218-024-00048-8.

Informações da Agência FAPESP

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