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40% casas no Brasil possuem serviço de streaming via TV

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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra uma tendência de queda no número de domicílios brasileiros com sinal de televisão e assinatura de serviços de TV fechada, enquanto os serviços de streaming estão em ascensão, já presentes em quatro de cada dez lares com televisão no país.

Em 2023, 4,5 milhões dos 78,3 milhões de domicílios brasileiros não possuíam televisão, representando 5,7% do total. Esse número era de 2,8% em 2016 e de 5,1% em 2022, o que indica uma clara mudança nos hábitos dos brasileiros, de acordo com o IBGE.

Por outro lado, a TV por assinatura tem perdido espaço. Em 2016, um em cada três lares possuía o serviço, enquanto em 2022 eram 27,7% e no ano passado o percentual caiu para 25,2% (18,6 milhões de endereços).

A presença dos serviços de streaming nos lares brasileiros tem crescido. Passou de 31,061 milhões em 2022 para 31,107 milhões em 2024, conforme apontado pelo IBGE. Esse aumento do streaming é um dos fatores que explicam a perda de espaço da televisão aberta e fechada nas casas brasileiras, pois oferece uma grande variedade de conteúdos, como filmes, séries, desenhos infantis e eventos esportivos.

Os dados revelam ainda a existência de desigualdades regionais. Enquanto nas regiões Sul (49%), Centro-Oeste (48,2%) e Sudeste (47,6%) praticamente metade dos domicílios têm canais de streaming pagos, no Norte e no Nordeste essas proporções são de 37,5% e 28,2%, respectivamente.

Em 2022, 4,7% das residências que possuíam streaming não tinham acesso à televisão aberta ou serviço de TV por assinatura. No ano seguinte, esse indicador subiu para 6,1%. Além disso, a pesquisa mostra que o rendimento médio mensal real per capita das famílias com streaming era de R$ 2.731, mais que o dobro daqueles que não tinham acesso ao serviço, que era de R$ 1.245.

Essa transformação nos hábitos de consumo de televisão no Brasil é reflexo das mudanças tecnológicas e da busca por maior diversidade de conteúdo. Com a expansão dos serviços de streaming, a maneira como as pessoas assistem a televisão tem evoluído, proporcionando mais opções e flexibilidade.

Diante desse panorama, a indústria audiovisual brasileira enfrenta novos desafios e oportunidades para se adaptar a esse cenário em constante transformação. O avanço da tecnologia e a crescente demanda por conteúdos sob demanda indicam uma tendência de continuidade no crescimento dos serviços de streaming e uma diminuição na dependência dos formatos tradicionais de televisão.

Portanto, a pesquisa do IBGE reflete não apenas a mudança nos hábitos de consumo de mídia, mas também a necessidade de adaptação das empresas do setor a esse novo cenário, oferecendo conteúdos mais diversificados e atendendo às demandas de um público cada vez mais exigente e conectado.

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