Produção científica no Brasil apresenta queda pelo segundo ano seguido

Por Redação
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A produção científica no Brasil teve uma redução de 7,2% em 2023 em comparação com o ano anterior, segundo relatório da editora científica Elsevier e da Agência Bori. Essa queda ocorre pela segunda vez consecutiva, algo inédito desde 1996. A falta de verbas e os impactos da pandemia são apontados como as principais causas desse declínio.

Os investimentos públicos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil vêm diminuindo desde 2013, tanto em nível federal quanto estadual. Isso tem gerado consequências negativas no cenário científico do país. Além disso, a pandemia afetou a continuidade de diversos projetos de pesquisa, contribuindo para a queda na produção científica.

Em relação às instituições de ensino e pesquisa, apenas uma universidade, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), registrou um pequeno crescimento na produção de artigos científicos. Outras instituições, como as universidades Federal de Lavras (Ufla), Estadual de Maringá (UEM) e Federal do Espírito Santo (Ufes), sofreram quedas significativas.

No contexto internacional, o Brasil ocupou a 14ª posição no ranking mundial de publicações científicas. Entre 2019 e 2023, o país publicou cerca de 376.220 artigos, com destaque para os setores de ciências sociais e humanidades que apresentaram crescimento. No entanto, em 2023, todas as áreas tiveram uma redução na produção, sendo as ciências médicas as mais afetadas.

Apesar dos desafios, há perspectivas positivas para o futuro da produção científica no Brasil. Com o distanciamento da pandemia e a possível redução nos cortes de verbas, espera-se uma melhora da situação nos próximos anos. Ainda assim, é fundamental continuar investindo em pesquisa e fomentando o setor científico para superar os desafios atuais e futuros.

Informações da Agência FAPESP

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