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Estudo revela que região crucial do ecossistema marinho é mais rasa no Atlântico Sudoeste do que o esperado

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Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade de São Paulo, apoiados pela FAPESP, realizaram um estudo que determinou os limites verticais dos ambientes marinhos do Atlântico Sudoeste, a parte do oceano que banha a América do Sul. Os resultados foram publicados na revista Marine Environmental Research.

O principal achado do estudo foi a definição dos ambientes mesofóticos, intermediários entre a parte mais superficial e a mais profunda do oceano. Enquanto estudos anteriores estabeleciam esse limite em 30 metros, as medições da incidência de luz e os inventários da fauna de peixes realizados pelos pesquisadores apontaram a fronteira entre 15 e 18 metros na região costeira subtropical.

De acordo com os pesquisadores, a diferença significativa entre os achados do estudo e o que dizia a literatura científica se deve ao fato de que a maior parte dos trabalhos publicados até então era realizada em ambientes tropicais, acima do trópico de Capricórnio. Além disso, os estudos normalmente se concentravam em recifes de coral, enquanto na região subtropical predominam os recifes rochosos.

O trabalho realizado faz parte do projeto “Ciência aplicada à gestão do uso público e fronteiras do conhecimento de Áreas Marinhas Protegidas: da experiência dos visitantes à biodiversidade de recifes mesofóticos subtropicais”, apoiado pela FAPESP no âmbito do programa BIOTA e coordenado pelos pesquisadores.

Os resultados foram obtidos através de medições de temperatura, relevo, profundidade e propagação de luz, além de inventários de espécies de peixes ao redor de ilhas que fazem parte de unidades de conservação marinhas do Estado de São Paulo. O estudo evidenciou os efeitos ecológicos das áreas de proteção integral, destacando a importância da preservação desses ambientes.

O trabalho foi premiado durante o Encontro Recifal Brasileiro e o artigo resultante pode ser acessado através do link fornecido. Este estudo contribui significativamente para o conhecimento dos ambientes mesofóticos na região subtropical do Atlântico Sudoeste e auxilia na definição de estratégias de conservação e manejo dessas áreas marinhas.

Informações da Agência FAPESP

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