O novo Centro de Inovação em Tecnologia Offshore (OTIC) da Universidade de São Paulo (USP) foi inaugurado com um investimento total de R$ 163 milhões ao longo de cinco anos, viabilizados pela Shell do Brasil, FAPESP, USP e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O objetivo principal do OTIC é a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias mais eficientes e sustentáveis para a exploração de petróleo e gás em águas profundas.
Com foco na cooperação público-privada, o presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, ressaltou a importância dos Centros de Pesquisa Aplicada (CPA) criados em parceria com a Shell na USP. Essa colaboração tem gerado resultados significativos para a aplicação prática da empresa, formulação de políticas públicas e avanço da ciência básica.
Além do OTIC, a Shell e a FAPESP lançaram outros centros nos últimos anos, como o Centro de Pesquisa para Inovação em Gases do Efeito Estufa (RCGI) e o Centro de Inovação em Novas Energias (CINE). O OTIC surge em um contexto de transição energética, buscando produzir conhecimento científico e tecnológico por meio da integração da indústria, governo e academia.
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Com mais de 250 pesquisadores envolvidos, o OTIC possui 24 projetos de pesquisa e desenvolvimento divididos em cinco programas técnicos: Novos Processos e Operações, Energia de Baixo Carbono, Novos Materiais e Nanotecnologia, Segurança das Pessoas, do Meio Ambiente e Economia Circular, e Transformação Digital. Cada uma dessas áreas tem potencial para gerar soluções práticas de curto prazo e disruptivas de longo prazo para a indústria offshore.
O OTIC pretende contribuir para o desenvolvimento de pesquisas que tornem as operações offshore mais eficientes e com menor pegada de carbono, em meio às transformações necessárias do setor da energia offshore. Com planos de zerar as emissões de carbono até 2050, a Shell do Brasil destaca a relevância do investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação para atingir esse objetivo.
No evento de inauguração do OTIC, autoridades e pesquisadores destacaram a importância da parceria entre indústria, academia e governo para impulsionar a pesquisa e desenvolvimento em tecnologia offshore. A cláusula da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tem sido fundamental para fomentar investimentos em PD&I no setor, com a Shell se destacando como uma das principais contribuidoras.
Informações da Agência FAPESP