Um estudo recente publicado na revista Cancer Research revelou que os tratamentos usados no combate ao glioma, um tipo comum de câncer cerebral, podem alterar o comportamento do DNA tumoral e sua agressividade. Essa descoberta pode potencialmente impactar na abordagem terapêutica desses tumores.
Os gliomas representam uma parte significativa dos tumores cerebrais, sendo mais frequentes em pessoas entre 75 e 84 anos. As alterações epigenômicas são características importantes na classificação da agressividade desses tumores, e estudos anteriores já haviam apontado para esse fato.
Neste novo estudo, os pesquisadores analisaram a evolução epigenética dos gliomas em resposta aos tratamentos, investigando amostras de 132 pacientes. Foram observadas diversas alterações no epigenoma, como maior proliferação celular e mudanças no microambiente tumoral. Pacientes com uma mutação específica apresentaram alterações mais pronunciadas após a quimioterapia ou radioterapia, tornando os tumores mais agressivos.
Esses resultados apontam para a importância da regulação epigenética no desenvolvimento e progressão do câncer cerebral, abrindo caminho para novas abordagens terapêuticas. O próximo passo será realizar estudos in vitro e in vivo para confirmar essas descobertas e avaliar seu impacto no tratamento dos gliomas.
Para saber mais sobre o estudo, acesse o artigo completo em: https://aacrjournals.org/cancerres/article/84/5/741/734933/The-Epigenetic-Evolution-of-Glioma-Is-Determined.
Informações da Agência FAPESP