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Evolução tecnológica da eletrificação traz Ford de volta ao Brasil

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A Ford encerrou suas atividades no Brasil em 2021, porém ainda considera o país como um mercado importante para alguns de seus produtos na América Latina. Mesmo sem planos imediatos de retomar a fabricação local, a montadora não descarta a possibilidade, especialmente considerando o avanço da tecnologia de eletrificação.

Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford na América do Sul, acredita que o Brasil tem potencial para assumir um papel de destaque nesse cenário. Ele destaca que, enquanto os chineses saíram na frente na produção de carros elétricos, muitos países ainda discutiam o crescimento da eletromobilidade. Nesse contexto, o Brasil pode superar a lentidão no assunto e se tornar um protagonista no setor.

Em uma entrevista à Folha de S. Paulo, Golfarb enfatizou a presença de minerais como um fator competitivo importante para o Brasil. No entanto, ele alertou que a falta de políticas claras para o desenvolvimento da tecnologia das baterias pode atrapalhar o processo.

Golfarb veem o Brasil como um país com recursos necessários para produzir baterias de carros elétricos. Ele ressalta que o desafio está em estabelecer uma cadeia completa de produção, que vai desde a extração até o processamento dos minerais presentes no país, como lítio, manganês e cobre.

Segundo o executivo, essa iniciativa poderia posicionar o Brasil no mercado, que atualmente depende majoritariamente da China para o fornecimento de tecnologia em baterias e mobilidade elétrica. Além disso, ele acredita que a eletrificação é uma oportunidade para a indústria nacional aumentar sua participação no PIB e elevar a intensidade tecnológica da produção local.

Questionado sobre possíveis políticas para impulsionar esse setor, Golfarb aponta para a necessidade de investir nos minerais necessários para a eletromobilidade, destacando a importância de criar incentivos para a industrialização desses recursos no Brasil. Ele enfatiza a importância de estabelecer um marco regulatório claro e definido, bem como de oferecer incentivos para aumentar o nível de industrialização desses minerais.

O vice-presidente da Ford na América do Sul ressalta a importância de uma política governamental clara e com objetivos definidos para impulsionar a produção de baterias e a mobilidade elétrica no país. Ele destaca a necessidade de incentivos para áreas em que o Brasil não é tão competitivo atualmente, visando impulsionar a indústria local e criar um ambiente propício para o desenvolvimento tecnológico.

Em resumo, a possibilidade da Ford voltar a produzir no Brasil está atrelada ao avanço da tecnologia de eletrificação e à criação de políticas que incentivem a produção local de baterias. Considerando os recursos minerais disponíveis no país e o potencial de crescimento do mercado de veículos elétricos, a perspectiva de retomada da produção automotiva no Brasil ganha relevância e desperta interesse no setor.

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