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Frequência de exposição pode aumentar níveis de químicos.

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O vape, um tipo de cigarro eletrônico, tem se tornado cada vez mais popular em todo o mundo, principalmente entre os mais jovens. Apesar de ainda estarmos nos estágios iniciais dos estudos sobre os efeitos desses dispositivos, já é sabido que eles representam uma ameaça à saúde.

Um novo estudo publicado na revista Tobacco Control revelou que adolescentes que fazem uso regular de vape têm maiores chances de exposição a elementos químicos tóxicos, como chumbo e urânio. Além disso, o sabor escolhido também influencia a gravidade desses danos.

O estudo demonstrou que 14% dos estudantes do ensino médio nos Estados Unidos tinham usado vape no mês anterior à pesquisa, mostrando a popularidade do dispositivo. Os pesquisadores conduziram testes em 1.607 adolescentes com idades entre 13 e 17 anos, com 200 deles sendo incluídos na análise final.

O objetivo era identificar os elementos químicos potencialmente prejudiciais aos usuários e como essas substâncias químicas estão relacionadas ao desenvolvimento de doenças. Eles também buscavam compreender como a frequência de uso e os diferentes sabores das essências influenciam essas pessoas ainda em fase de desenvolvimento.

Amostras de urina dos 200 participantes foram testadas para detectar a presença de cádmio, chumbo e urânio. A frequência de vaporização foi classificada como ocasional, intermitente ou frequente, de acordo com a quantidade de dias em que o dispositivo era utilizado. Os sabores foram divididos em mentol ou menta, fruta, doce e outros.

Dos voluntários analisados, 65% utilizavam o vape de forma ocasional, 45% intermitente e 81% frequente. Com relação aos sabores, 33% escolheram mentol ou menta, 50% optaram por sabor de fruta, 15% escolheram sabores doces e 2% preferiram outros sabores.

A pesquisa constatou que os níveis de chumbo eram 40% mais altos entre os vapers com frequência intermitente e 30% mais altos entre os usuários frequentes em comparação com os ocasionais. Já os níveis de urânio eram o dobro nos vapers frequentes. Quanto ao cádmio, não houve diferença significativa conforme a frequência de uso.

Aqueles que preferiam sabores doces apresentaram níveis de urânio 90% mais altos do que os adeptos de mentol ou menta. Apesar dos dados alarmantes sobre a exposição aos elementos químicos, os pesquisadores ressaltam que a presença de urânio pode ter diferentes origens, como a alimentação ou atividades industriais.

Embora a exposição seja preocupante, os cientistas enfatizam que não é possível tirar conclusões definitivas, devido às variações entre as marcas de vape, tempo de uso, qualidade das essências e o tipo de vaporizador, entre outros fatores.

Apesar da popularidade do vape, é essencial alertar sobre os riscos à saúde associados ao seu uso, especialmente entre os adolescentes. A conscientização e a educação são fundamentais para prevenir possíveis problemas decorrentes desses dispositivos eletrônicos.

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