‘Crise no Japão não vai se tornar outra Chernobyl’, diz chefe da ONU

Por Redação
2 Min

'Crise no Japão não vai se tornar outra Chernobyl', diz chefe da ONU

O chefe da agência nuclear da ONU, Yukiya Amano, disse nesta segunda-feira (14) que a crise nuclear japonesa não deve se tornar "uma outra Chernobyl", em uma referência ao pior acidente nuclear civil da história.

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Ele afirmou que há muitas diferenças entre os dois casos, inclusive o desenho e a estrutura das usinas envolvidas. "Este foi um acidente provocado por um desastre natural sem precedentes, mas não resta dúvida de que precisamos de uma fonte estável de energia, como a atômica", disse.

Amano disse que o governo do Japão pediu ajuda aos especialistas da agência para lidar com a crise nuclear que aflige o país desde o terremoto de magnitude 8,9 seguido de tsunami que atingiram o país na sexta feira, provocando mais de 1.800 mortes.

O terremoto destruiu áreas costeiras do nordeste da ilha de Honshu, afetando o fornecimento de energia elétrica e causando uma crise humanitária nas províncias atingidas. O governo japonês também pediu ajuda aos EUA para lidar com o risco nuclear.

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Vazamento limitado
Amano, que é um veterano diplomata japonês, disse que o tremor e o maremoto abalaram e inundaram usinas nucleares na região, mas que os reatores permaneceram intactos e que o vazamento de radiação foi limitado.

Segundo ele, as autoridade da AIEA e do Japão estão discutindo os detalhes sobre como será a cooperação. No entanto, ele levantou críticas de que as autoridades japonesas estavam mal preparadas para a situação.

A usina nuclear de Fukushima 1, a 240 km ao norte da capital, Tóquio, sofreu explosões em dois de seus reatores, no sábado e nesta segunda. O acidente já é considerado o pior do mundo desde o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

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