Mais de 600 crianças ficaram órfãs na Bahia desde o início da pandemia de Covid-19

Por Redação
2 Min
Foto: Agência Brasil

A Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) – entidade que representa os Cartórios de Registro Civil do Brasil e administra o Portal da Transparência – revelou que a Covid-19 deixou 646 crianças de até seis anos órfãs de um dos pais na Bahia entre 16 de março de 2020 e 24 de setembro deste ano. O estudo mostra que cinco pais faleceram antes do nascimento de seus filhos, enquanto três crianças, até a idade de seis anos, perderam pai e mãe vítimas da Covid-19.

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Os dados foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 685 Cartórios de Registro Civil do estado desde 2015, ano em que as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em toda região baiana.

De acordo com o presidente, da Arpen-BA, Daniel Sampaio, “os dados mostram o quanto o vírus impactou diretamente nas famílias baianas”. “Poder ter essa parceria com a Receita Federal é de grande ajuda, pois conseguimos fazer um paralelo e chegar a números cada vez mais precisos”, ressaltou.

Já no Brasil, no mesmo período, ao menos 12.211 crianças de até seis anos de idade ficaram órfãs de um dos pais vítimas da Covid-19. Segundo os dados levantados pela Arpen-Brasil, 25,6% das crianças de até seis anos que perderam um dos pais na pandemia não tinham completado um ano.

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Já 18,2% tinham um ano de idade, 18,2% dois anos de idade, 14,5% três anos, 11,4% quatro anos, 7,8% tinham cinco anos e 2,5%, seis anos. São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná foram os estados que mais registraram óbitos de pais com filhos nesta faixa etária.

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