COP 30: Um Novo Começo para a Ação Climática Global
A COP 30, realizada em Belém, chegou ao fim no último sábado, 22 de novembro, com a aprovação unânime do Pacote de Belém por 195 países. Este acordo histórico, que inclui 29 decisões aprovadas por consenso, representa um avanço significativo em temas cruciais como transição justa, financiamento da adaptação, comércio, gênero e tecnologia. O evento reafirma o compromisso global com ações aceleradas para um regime climático mais integrado ao cotidiano das pessoas.
André Corrêa do Lago, presidente da COP 30, enfatizou a importância do evento, afirmando que “esse momento não deve ser lembrado como o fim de uma conferência, mas como o início de uma década de mudança.” A ideia de que a conferência é apenas o começo de uma nova era na luta contra a mudança climática ecoou entre os participantes, que viram na plenária de encerramento a oportunidade de consolidar um futuro mais sustentável.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez um balanço emocionado dos trabalhos, reconhecendo os desafios enfrentados, mas também as conquistas alcançadas. Apesar da não aprovação de um Mapa do Caminho para a transição energética global, mais de 80 nações se comprometeram com a ideia, refletindo um avanço na conscientização internacional. Silva destacou o reconhecimento do papel fundamental dos povos indígenas e comunidades tradicionais, além do lançamento do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre, uma iniciativa inovadora que recompensa a conservação das florestas tropicais.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também comentaram os resultados da COP 30, ressaltando vitórias significativas em três dimensões: o fortalecimento do multilateralismo climático, o triplo aumento no financiamento para adaptação e o apoio a países em transição justa. Lula expressou sua satisfação com o sucesso do evento, destacando a importância do Mapa do Caminho para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis.
Um aspecto notável da COP 30 foi a criação de 59 indicadores voluntários para monitorar o progresso sob a Meta Global de Adaptação. Esses indicadores abordam setores como água, saúde e ecossistemas, e buscam integrar questões transversais como finanças e tecnologia. Além disso, um novo mecanismo de transição justa foi aprovado, colocando as pessoas e a equidade no cerne da luta climática.
A conferência também aprovou um Plano de Ação de Gênero, que aumentará o suporte e financiamento para iniciativas que promovem a liderança de mulheres em questões climáticas. Essa abordagem inclusiva reflete um entendimento cada vez maior de que a justiça social e a mudança climática estão interligadas.
Com a COP 30, o Brasil se posiciona como um líder no combate às mudanças climáticas, reafirmando seu compromisso com as próximas edições da conferência até 2026. A próxima COP será realizada na Austrália, mas os esforços e compromissos firmados em Belém continuarão a reverberar globalmente. A mensagem é clara: a luta contra as mudanças climáticas é uma responsabilidade coletiva, e a hora de agir é agora.
Com informações da Agência Gov
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