Transição Energética: O Tripé do Futuro Sustentável
Durante a Cúpula de Líderes da COP30, realizada em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um plano audacioso para a transição energética global, fundamentado em três pilares essenciais: a implementação do acordo de Dubai, a erradicação da pobreza energética e a adesão ao Compromisso de Belém. O objetivo é triplicar a energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030, além de quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis até 2035.
Lula enfatizou que a atenção a esse tripé será crucial na luta contra a mudança climática, afirmando que “as decisões que tomarmos com relação ao setor energético definirão nosso sucesso ou nosso fracasso na batalha contra a mudança do clima”. O presidente destacou que o modelo atual, baseado em combustíveis fósseis, está se esgotando e que é preciso uma revisão imediata. “75% das emissões de gases do efeito estufa têm origem na produção e no consumo de energia”, alertou.
O Brasil, segundo Lula, tem sido um modelo nessa transição, com 90% de sua matriz elétrica proveniente de fontes limpas. Ele lembrou que o país foi pioneiro no investimento em alternativas renováveis nos anos 1970 e é o segundo maior produtor mundial de biocombustíveis. Essa experiência, segundo ele, é um ativo valioso para a promoção de um desenvolvimento sustentável e inclusivo.
O presidente também destacou os desafios da pobreza energética, mencionando que cerca de dois bilhões de pessoas ainda não têm acesso a combustíveis adequados. Para ele, a transição energética não é apenas uma questão ambiental, mas uma oportunidade para transformar economias e gerar empregos. Em 2023, esse setor foi responsável por 10% do crescimento do PIB global.
Além disso, Lula abordou as dificuldades impostas por conflitos geopolíticos, como a guerra na Ucrânia, que reverteram anos de progresso na redução de emissões. Ele defendeu a necessidade de aumentar o financiamento para o combate à mudança climática, especialmente para os países do Sul Global.
Por fim, o presidente propôs que parte dos lucros da exploração de petróleo seja direcionada para a transição energética, afirmando que o Brasil criará um fundo específico para esse fim. “Os líderes devem decidir se o século XXI será lembrado como o século da catástrofe climática ou como um momento de reconstrução inteligente”, concluiu Lula, lançando um desafio à comunidade internacional.
A transição energética, portanto, não é apenas uma necessidade ambiental, mas uma questão de justiça social e oportunidade econômica. O futuro do planeta e das próximas gerações depende das decisões que tomarmos hoje.
Com informações da Agência Gov
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