O Impacto do "Downscrolling" na Saúde Ocular na Era Digital
Na era digital, a interação constante com telas se tornou uma parte integrante da vida cotidiana. O termo downscrolling, que descreve o ato de rolar a tela de forma contínua e quase automática, se tornou comum entre aqueles que passam horas a fio em smartphones e computadores. Essa prática, embora prática, traz consigo uma série de consequências para a saúde ocular.
Os médicos alertam que essa exposição prolongada pode resultar em fadiga visual e desconforto. Napoleão Sousa, oftalmologista do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), destaca que o esforço constante dos músculos oculares para acompanhar o conteúdo das telas é extenuante. “Além disso, tendemos a piscar menos enquanto fazemos isso, deixando os olhos mais secos e irritados", explica.
Os sinais de alerta são claros: olhos secos, visão embaçada, dores de cabeça e cansaço ocular são sintomas que podem surgir após longas horas de uso de dispositivos eletrônicos. A fadiga visual digital não escolhe idades, mas é especialmente preocupante entre adultos jovens e crianças, que estão cada vez mais expostas a telas por meio de jogos e aulas online. “Os olhos das crianças ainda estão em desenvolvimento, e essa exposição excessiva pode trazer consequências a longo prazo”, alerta Sousa.
A prevenção é essencial. Medidas simples, como fazer pausas regulares, ajustar o brilho das telas e manter uma boa postura, podem aliviar os sintomas. A regra do 20-20-20, que sugere olhar para algo a 20 pés (cerca de 6 metros) por 20 segundos a cada 20 minutos, é uma técnica eficaz para relaxar os músculos oculares. Sousa também recomenda o uso de lágrimas artificiais para manter a hidratação ocular e a adoção de óculos com filtro de luz azul, que podem ajudar a reduzir o desconforto.
A luz azul emitida pelas telas é uma preocupação adicional. Segundo Sousa, essa luz pode irritar a córnea e afetar a produção de melatonina, dificultando o sono e, por consequência, o aprendizado. Para aqueles que necessitam usar dispositivos à noite, ele sugere o uso do modo noturno, que reduz a emissão de luz azul.
É crucial que os indivíduos estejam atentos aos sinais do corpo. Se os sintomas persistirem mesmo após a adoção de medidas preventivas, procurar um oftalmologista é essencial. O cuidado com a saúde ocular deve ser uma prioridade, especialmente em uma era em que as telas dominam nosso cotidiano.
O HU-UFPI, parte da rede da Ebserh, continua a promover a saúde e o bem-estar da população, oferecendo serviços de excelência e contribuindo para a formação de profissionais de saúde e desenvolvimento de pesquisas. A conscientização sobre o uso consciente das tecnologias é fundamental para garantir que a era digital não comprometa nossa saúde visual.
Por Maria Carvalho Costa, com edição de George Miranda, da Ebserh
Com informações da Agência Gov
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