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Marina Silva na Flip: Arte como aliada da proteção ambiental

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A Voz da Natureza na Flip: Marina Silva e os Desafios Ambientais

Durante a 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), realizada no dia 1º de agosto, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez um apelo contundente sobre a importância dos defensores ambientais na luta pela proteção do meio ambiente e no enfrentamento da mudança climática. Em um painel intitulado “O Lugar da Floresta”, a ministra ressaltou que a transformação de heróis em ações ordinárias é essencial para mobilizar a sociedade em prol da causa ambiental.

"A gente tem que trabalhar muito para não ter heróis. Os heróis são uma denúncia contra nós", afirmou Marina, enfatizando que a verdadeira mudança só ocorrerá quando todos se tornarem ativistas do clima, da floresta e da biodiversidade. A entrega de um livro em homenagem ao jornalista britânico Dom Phillips, assassinado em 2022, simbolizou a luta contínua dos defensores da natureza, com sua viúva, Alessandra Sampaio, entregando a obra à ministra.

A defesa da ratificação do Acordo de Escazú, tratado que visa a transparência e a proteção de defensores ambientais, foi outro ponto alto da fala da ministra. Embora assinado pelo Brasil em 2018 e enviado ao Congresso em 2023, o acordo ainda aguarda avaliação dos parlamentares, o que Marina considera uma questão urgente.

Fazendo uso de reflexões profundas, a ministra citou a filósofa Hannah Arendt, ressaltando que a vida é uma insistência e que a política requer persistência. "Quando me dizem ‘mas está assim ou assado, você é pessimista ou otimista?’, digo que sou persistente", declarou, sublinhando a importância de um compromisso inabalável com a causa ambiental.

Marina Silva também abordou a necessidade urgente de investimentos para alcançar as metas climáticas globais, destacando que o financiamento público deve liderar pelo exemplo. "Não são US$ 100 bilhões ou US$ 300 bilhões. É US$ 1,3 trilhão", alertou, enfatizando a desigualdade na luta contra as mudanças climáticas.

No dia seguinte, 2 de agosto, a ministra se encontrou com representantes do Fórum de Comunidades Tradicionais no Quilombo do Campinho, onde discutiram questões relevantes para as comunidades locais, incluindo território, educação e agroecologia. Este encontro reforçou a importância das vozes tradicionais na construção de um futuro sustentável e inclusivo.

A participação de Marina Silva na Flip não apenas trouxe à tona questões prementes sobre meio ambiente e justiça social, mas também inspirou um chamado à ação coletiva. Com um olhar atento à literatura como um meio de resistência e transformação, a ministra reafirmou que a luta por um planeta saudável e justo é uma responsabilidade compartilhada, que deve ser abraçada por todos.

Com informações da Agência Gov

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