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COP 30: Urgência na Implementação do Balanço Global para o Clima

3 Min

COP 30: Uma Nova Era na Ação Climática Global

A futura Presidência da COP 30 lançou sua quarta carta oficial à comunidade internacional, delineando uma visão ambiciosa para a Agenda de Ação Climática Global. Com ênfase na implementação dos resultados do Balanço Global (Global Stocktake – GST) do Acordo de Paris, a iniciativa busca acelerar os esforços coletivos para enfrentar a crise climática, reafirmando compromissos estabelecidos na COP 28.

A Agenda de Ação será baseada em seis eixos fundamentais: Transição de Energia, Indústria e Transporte; Preservação de Florestas, Oceanos e Biodiversidade; Transformação da Agricultura e Sistemas Alimentares; Construção de Resiliência para Cidades, Infraestrutura e Água; Promoção do Desenvolvimento Humano e Social; e Facilitadores e Aceleradores Transversais. André Corrêa do Lago, Presidente da COP 30, destaca que o objetivo é integrar esforços de empresas, sociedade civil e governos, criando um "mutirão global" para garantir que a Contribuição Globalmente Determinada (GDC) seja efetiva.

O lançamento da carta ocorreu em Bonn, Alemanha, durante a primeira semana das negociações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Este evento contou com a presença de figuras-chave, como Ana Toni, Diretora-Executiva da COP 30, e os Campeões de Alto Nível para o Clima, Nigar Arpadarai e Dan Ioschpe.

A presidência da COP 30 planeja mobilizar iniciativas existentes para combater o desmatamento e promover a transição energética global. O novo modelo proposto para a Agenda de Ação se assemelha a um "celeiro de soluções", reunindo diversas iniciativas que conectam desenvolvimento a investimentos e inovação.

Dan Ioschpe enfatiza a importância de unir esforços globais, afirmando que "é hora de combinar urgência com união, e ambição com ação". A proposta é criar um conjunto de soluções escaláveis, monitorando o progresso com transparência para garantir responsabilidade e eficácia.

Além disso, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, também fez presença na conferência, defendendo a demarcação de Terras Indígenas como uma estratégia essencial para mitigar os efeitos da crise climática. Guajajara argumenta que a gestão territorial indígena tem se mostrado eficaz na conservação ambiental e pede que essa abordagem seja reconhecida e convertida em políticas públicas sustentáveis.

A COP 30 promete ser um marco na luta contra as mudanças climáticas, unindo diferentes setores da sociedade em um esforço coletivo sem precedentes. A integração entre políticas, iniciativas locais e a voz dos povos indígenas pode ser o caminho para um futuro mais sustentável e equitativo. A expectativa é que essa nova Agenda de Ação não apenas amplie a ação climática, mas também crie um legado duradouro para as próximas gerações.

Com informações da Agência Gov

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