5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente: Um Novo Ciclo para a Sustentabilidade no Brasil
Nesta semana, Brasília se torna o epicentro das discussões ambientais com a realização da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA), que se inicia na terça-feira, 6 de maio. Após mais de uma década de inatividade, a conferência surge em um momento crítico, especialmente com a proximidade da COP30, que será sediada em Belém em novembro. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a relevância deste evento em um contexto de crescente demanda por ações efetivas contra a mudança climática.
O tema da conferência, “Emergência Climática e o Desafio da Transformação Ecológica”, reflete a urgência com que o Brasil deve tratar as questões ambientais. O processo preparatório envolveu a participação de 2.570 municípios e resultou em 2.635 propostas da sociedade civil, que servirão de base para atualizar a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e para a construção do novo Plano Nacional sobre Mudança do Clima, a ser implementado até 2035.
Marina Silva explicou que durante a 5ª CNMA, essas sugestões serão refinadas em 100 propostas finais, organizadas em cinco eixos principais: mitigação, adaptação e preparação para desastres, justiça climática, transformação ecológica e governança e educação ambiental. Esse conjunto de propostas não se limita à esfera federal, abrangendo também as esferas municipal e estadual, além de iniciativas da sociedade civil e do setor privado.
A ministra enfatizou a importância de estabelecer um novo ciclo de prosperidade que respeite os recursos naturais e não deixe ninguém para trás, incluindo grupos vulneráveis como mulheres, pessoas negras e comunidades indígenas. “Precisamos usar o dinheiro para preservar o que temos e restaurar o que foi perdido, com sabedoria e de forma sustentável”, afirmou Marina Silva.
Durante sua participação no programa Bom Dia, Ministra, a titular do Meio Ambiente também abordou outros temas cruciais, como a transição energética e a necessidade de um marco regulatório que reconheça a emergência climática. Ela destacou a urgência de substituir energias fósseis por fontes limpas, como solar e eólica, essenciais para a transição energética não apenas do Brasil, mas do mundo.
Outro ponto relevante discutido foi a situação do Cerrado, onde esforços estão sendo feitos para reduzir o desmatamento, além das ações já implementadas para o combate a incêndios, com a contratação de novos brigadistas e a criação de um comitê de manejo integrado do fogo.
A 5ª CNMA representa uma oportunidade ímpar para que o Brasil reavaliar suas estratégias e estabelecer um compromisso firme com a sustentabilidade e a justiça climática. Com a participação ativa da sociedade e a liderança de Marina Silva, espera-se que as propostas geradas neste evento sejam um marco na luta contra a mudança climática e na promoção de um futuro mais sustentável para todos.
Com informações da Agência Gov