Operação de Desintrusão na Terra Indígena Kayapó: A Presença do Exército em Cumaru do Norte/PA
Desde o dia 28 de março, o Comando Militar do Norte, por meio da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, está em ação no município de Cumaru do Norte, no estado do Pará. A missão envolve a preparação e a montagem de uma Base Operacional Logística, que tem como objetivo apoiar os órgãos governamentais no cumprimento de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709.
A ADPF 709 visa garantir a preservação da vida dos povos indígenas, a integridade de seus territórios e o pleno direito ao uso da terra. Nesse cenário, a operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó será iniciada no dia 1º de maio e terá a coordenação da Casa Civil da Presidência da República. O papel do Exército, por sua vez, será restrito ao apoio logístico e de comando, colaborando com os órgãos governamentais encarregados da operação.
Cerca de 250 militares estão envolvidos na ação, provenientes de unidades como o 52º Batalhão de Infantaria de Selva e o 23º Batalhão Logístico de Selva. Para a montagem da base, foram realizados trabalhos de terraplanagem, cercamento e a instalação de infraestrutura básica, incluindo energia, água e esgoto. Até agora, as viaturas da 23ª Brigada já percorreram mais de 75 mil quilômetros, transportando mais de 24 toneladas de materiais e suprimentos diversos.
A operação não apenas se destaca pela logística envolvida, mas também pela colaboração de mais de 150 agentes de diversos órgãos, como o Ministério da Justiça e Segurança Pública, FUNAI, IBAMA, Polícia Federal e Força Nacional. A presença do Exército na região é um reflexo do compromisso do governo em garantir a proteção dos direitos dos povos indígenas e controlar atividades ilegais, como o garimpo.
A 23ª Brigada de Infantaria de Selva é considerada uma Força de Emprego Estratégico do Exército e uma Força de Prontidão do Comando Militar do Norte, sempre pautando suas ações pelo lema “PRONTIDÃO E COESÃO”. A operação em Kayapó representa não apenas um esforço logístico, mas também uma ação simbólica em defesa dos direitos humanos e da preservação ambiental, refletindo a urgência de um diálogo mais profundo sobre as questões que envolvem as terras indígenas no Brasil.
Com essa iniciativa, o governo busca não apenas a desintrusão de terras, mas também a promoção de um ambiente seguro e sustentável para as comunidades indígenas, que há muito tempo lutam por seus direitos e pela preservação de suas culturas.
Com informações da Agência Gov
