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Ministra revela impacto positivo das ações contra desnutrição em indígenas afetados por garimpo ilegal

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Ampliação da telessaúde, construção de novas Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) e reativação de sete polos de saúde indígena. Essas foram algumas das ações do Ministério da Saúde para fortalecer a assistência à população indígena mencionadas, nesta segunda-feira (13), pela ministra Nísia Trindade em agenda em Boa Vista, Roraima. “O governo federal restituiu a atenção e o cuidado com os povos indígenas. Diminuímos a desassistência e a desnutrição que o garimpo ilegal trouxe na região”, disse a ministra.

A ministra se referiu a diversas ações no território, como a criação o Centro de Operações de Emergências, conhecido como COE Yanomami. Em meados de 2023, equipes do Ministério da Saúde foram deslocadas para a região e se depararam com crianças e idosos em estado grave de saúde, com desnutrição acentuada, além de muitos casos de malária, infecção respiratória aguda, entre outras doenças.

Hoje, acompanhada da ministra dos Povos Indígenas, Sandra Guajajara, e do governador do estado, Antônio Denarium, Nisia Trindade também se reuniu com o novo coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, Mauricio Ye’Kwana. “Quero agradecer, em nome do povo Yanomami, o apoio do Ministério da Saúde na recuperação da terra Yanomami. É importante falar sobre o que o governo federal está fazendo, nos apoiando e, agora, colocando um indígena Yanomami na coordenação do DSEI”, disse o novo coordenador do DSEI.

“Agradeço à ministra Nisia pelo cuidado com nosso estado, um dos que ela mais visitou em seu mandato. Importante ressaltar o papel do governo federal na redução dos casos de desnutrição e malária”, afirmou o governador Denarium.

Lideranças indígenas também estiveram no encontro, na Casa de Governo, em que puderam falar sobre suas necessidades, contando com a parceira do governo federal.

Foto: Taysa Barros/MS

Confira parte das ações do Ministério da Saúde em assistência aos Yanomami:

– Reabertura de 7 Polos Base garantiu a redução substancial do vazio assistencial no território Yanomami, assegurando o pleno funcionamento dos 37 Polos Base existentes;
– Com a construção de 6 novas Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI), o território passa a contar com 40 unidades, somando 77 estabelecimentos de saúde em operação;
– Número de profissionais de saúde saltou de 690 para 1.759 – 1.069 profissionais contratados;
– Saúde Digital: em agosto de 2024, foi realizada a primeira teleinterconsulta em Território Yanomami.

Visita em unidade de saúde

Na série de agendas em Boa Vista (RR), a ministra também visitou as obras da Unidade de Retaguarda a Saúde dos Povos Indígenas do Hospital Universitário da Universidade Federal de Roraima (UFRR), com previsão de conclusão da primeira etapa em fevereiro de 2025. O empreendimento contará com 36 leitos dedicados exclusivamente à saúde indígena.

“Antes de a obra começar, conversamos com as lideranças indígenas da região para saber como gostariam de ser tratados. Não queremos que seja só um hospital que atenda à população indígena. Queremos ser um referencial de respeito à ancestralidade e à prática da medicina tradicional”, disse Trindade, durante vistoria.

A nova estrutura contará com um espaço externo onde os indígenas possam fazer seus rituais tradicionais e, ao mesmo tempo, tratamentos.

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Nísia Trindade também esteve na Casa de Saúde Indígena Yanomami (Casai) – que atualmente apresenta o menor número de pessoas internadas desde o início da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN). “O governo federal devolveu a esperança ao povo yanomami”, disse, durante a visita, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (CONDISI), Júnior Hekurari.

Vanessa Rodrigues
Ministério da Saúde

Com informações da Agência Gov

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