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A formação de jovens indígenas e a articulação do Pontão de Culturas Indígenas se destacam na 16ª Aldeia Multiétnica

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A 16ª Aldeia Multiétnica na Chapada dos Veadeiros (GO) reuniu durante oito dias povos indígenas de diversas regiões do país em um festival que promoveu danças, cânticos, celebrações, comidas, artesanatos e modos de vida tradicionais. O evento, que encerra neste sábado (20), também foi palco do 1º Circuito de Culturas Indígenas, com a presença de representantes do Ministério da Cultura (MinC) para discutir o acesso dos povos indígenas aos recursos federais e às políticas públicas culturais.

Destacando a importância do evento, a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, ressaltou a articulação com o Pontão Temático de Culturas Indígenas e a formação de jovens indígenas como Agentes Cultura Viva. Os 20 jovens escolhidos para serem Agentes Cultura Viva participaram da primeira etapa de integração e formação na Aldeia Multiétnica, recebendo equipamentos como tablets e celulares para registrar a realidade de seus povos e executar atividades nos territórios.

Jade Puentes, representante do povo Aimara da Bolívia, expressou sua esperança em levar mais informação e resistência para seu povo manter suas tradições. Além disso, Towé Fulni-ô comemorou o envolvimento dos jovens na luta pela preservação da cultura indígena, destacando a importância dos anciãos como detentores da sabedoria.

Os Agentes Cultura Viva fazem parte dos 42 Pontões Temáticos e Territoriais selecionados pelo MinC, que receberão um investimento para mapear, diagnosticar, formar, articular e mobilizar a rede de pontos de cultura no país. Essa iniciativa envolverá a atuação de 570 agentes, entre 18 e 24 anos, que receberão uma bolsa individual de R$ 900,00 por nove meses.

O festival também abordou outras políticas do Ministério da Cultura, como a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que destina recursos para projetos culturais. O diretor do Sistema Nacional de Cultura, Junior Afro, incentivou os indígenas a ocuparem espaços nos conselhos estaduais e municipais de cultura para garantir o acesso aos recursos federais.

A Aldeia Multiétnica, realizada pela Casa de Cavaleiro de Jorge em parceria com o Centro de Estudos Universais, contou com a presença de 500 indígenas de 18 etnias do Brasil, Canadá, Peru e Bolívia. O evento teve como objetivo promover a troca de experiências e a criação de um grupo de trabalho para o Plano Nacional das Culturas Indígenas.

Com o encerramento da Aldeia Multiétnica, fica claro o impacto positivo que eventos como esse têm na valorização e preservação das culturas indígenas, promovendo a união dos povos e o diálogo com as políticas públicas de cultura. A diversidade e riqueza cultural dos povos indígenas do Brasil e de outras regiões presentes no evento foram celebradas e fortalecidas, demonstrando a importância de manter viva a história e tradições desses povos.

Com informações da Agência Gov

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