O ex-vereador de Madre de Deus, Jibson Coutinho, voltou ao centro do debate político local após divulgar um vídeo-denúncia com críticas diretas à gestão do prefeito Dailton Filho. Na gravação, ele questiona a decisão da administração municipal de anunciar ou executar um investimento que se aproxima de meio milhão de reais em decoração natalina, classificando a iniciativa como um desrespeito à população em um momento delicado para o município.
A manifestação ocorre em um contexto de forte repercussão na cidade, marcado pela presença ostensiva de forças de segurança, incluindo Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e o Ministério Público. A atuação simultânea desses órgãos chamou a atenção dos moradores e intensificou questionamentos sobre a condução administrativa e política da Prefeitura.
No vídeo, Jibson Coutinho afirma que a escolha de destinar recursos elevados para uma decoração natalina, diante do cenário atual, afronta a inteligência dos munícipes. Para ele, o gasto não condiz com as necessidades mais urgentes da cidade e pode funcionar como uma tentativa de desviar o foco da população dos problemas estruturais e das recentes ações das autoridades.
“O que está sendo feito é um verdadeiro desrespeito com o povo de Madre de Deus”, declara o ex-vereador, ao sustentar que o valor atribuído à decoração é incompatível com a realidade social do município e com as demandas básicas enfrentadas pela população.
As críticas também recaem diretamente sobre o prefeito Dailton Filho. Em tom irônico, Jibson se refere ao gestor como “santinho”, sugerindo que a administração busca preservar uma imagem positiva enquanto, segundo ele, ignora questionamentos legítimos da sociedade e o avanço de investigações no município.
Até o momento, a Prefeitura de Madre de Deus não se pronunciou oficialmente sobre o conteúdo do vídeo-denúncia nem esclareceu os valores exatos que estariam sendo destinados à decoração natalina mencionada. O espaço segue aberto para manifestação da gestão municipal.
A fala do ex-vereador contribui para elevar a tensão política na cidade e reforça o debate público sobre transparência, responsabilidade fiscal e prioridades administrativas, especialmente em um cenário de maior presença dos órgãos de controle e de segurança. Para parte da população, o episódio reacende a cobrança por explicações claras e pelo uso responsável dos recursos públicos.
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