Em todos os cantos, o prefeito da cidade de Candeias, Sargento Francisco, que, em campanha disse que a cidade era “rica e por isso tinha condições de melhorar a vida da população”, alega falta de verba e recursos para obras e serviços essenciais na educação, saúde e infraestrutura.
Contudo, não falta dinheiro para atender apadrinhados, correligionários e a Republiqueta dos Amigos.
Depois da eleição em 2012 – contestada na Justiça por AIJE – Ação de Investigação da Justiça Eleitoral -, que pode levar a cassação do mandato por irregularidades, tudo mudou. Não havia nem renda nem receita para o essencial.
Em seguida, criou mais secretarias, entre elas as de Esportes e Juventude e mais 5 subsecretarias, aumentando substancialmente as despesas com pessoal.
Ainda em dezembro de 2012 enviou à Câmara Municipal projeto para reajustar o próprio salário, do vice e dos secretários que passaram a R$ 20 mil e R$ 12 mil, respectivamente. Reajuste de mais de 66%.
A alegada crise porque hoje passaria Candeias não atinge os “comissionados especiais”. Se em novembro havia mais de 2 mil desses funcionários, hoje eles são pouco mais de mil e 700. Porém, com um detalhe interessante: a despesa aumentou de R$ 2.329.000,00 (dois milhões, trezentos e vinte e nove mil reais) para R$ 2.572.000,00 (dois milhões, quinhentos e setenta e dois mil reais) por mês sem a incidência de encargos sociais.
Somente com os 113 Assessores Especiais cujo salário base é de R$ 2.240,00 (dois mil, duzentos e quarenta reais) o prefeito gasta do erário R$ 461.076,00 (quatrocentos e sessenta e um mil e setenta e seis reais) entre salários e gratificações que chegam a 90%, valor que poderia construir, pelo menos, uma escola modelo ou um posto médico por mês.
Se for dividido pelas 20 secretarias, cada uma teria quase 6 assessores especiais para ajudar os secretários e os subsecretários que ao fim do mandato, quase nada produziram porque o “prefeito não libera a receita”.