Joesley Batista diz que não esperava vazamento de delação: “Dia de renascimento”

Por Redação
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Joesley Batista
© Reprodução

Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo neste domingo (23), o empresário Joesley Batista, um dos donos do Grupo JBS, afirmou que não esperava o “súbito vazamento” e explicou que decidiu se manifestar, 67 dias depois que o conteúdo de sua delação premiada veio a público e atingiu fortemente o governo Michel Temer, “para acabar com mentiras e folclores e dizer que é de carne e osso”. Joesley disse ainda que teve “medo, preocupação e angústia” ao ver o conteúdo da delação divulgado.

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“De uma hora para outra, passei de maior produtor de proteína animal do mundo, de presidente do maior grupo empresarial privado brasileiro, a “notório falastrão”, “bandido confesso”, “sujeito bisonho” e tantas outras expressões desrespeitosas”, afirmou o empresário no artigo. Para Joesly,
construiu-se a “imagem perfeita” de um empresário “irresponsável e aproveitador que tocou fogo no país, roubou milhões e foi curtir a vida no exterior”. Com a repercussão, segundo Joesley, políticos que se beneficiavam dos recursos da J&F passaram a criticá-lo e a mentir.

Joesley ainda identificou a data em que a delação foi divulgada, aniversário de um de seus filhos, como “o dia de seu renascimento”. O empresário disse que se sentiu “um novo ser humano com coragem para romper elos inimagináveis da corrupção praticada pelas maiores autoridades” do Brasil.

“Eles (os políticos) estão em modo de negação. Não os julgo. Sei o que é isso. Antes de me decidir pela colaboração premiada, eu também fazia o mesmo. Achava que estava convencendo os outros, mas na realidade enganava a mim mesmo, traía a minha história, não honrava o passado de trabalho da minha família”, ressaltou Batista.

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No artigo, Joesley Batista criticou a publicação de imagens de sua família no aeroporto e definiu o ato como “absurdo”. “Nessa altura, porém, eu já havia sido transformado no inimigo público número um, e nada do que eu falasse mereceria crédito (…) Mentiram que eu estaria protegendo o ex-presidente Lula; mentiram que eu seria o responsável pelo vazamento do áudio para imprensa para ganhar milhões com especulações financeiras; mentiram que eu teria editado as gravações”, enumerou.

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