
Paulo acredita que a única saída é se livrar dos animais. “Se está prejudicando os humanos, eles devem morrer, antes eles do que eu. Não teria coragem de matar, mas entendo quem fez isso”, afirmou o carpinteiro, morador da comunidade da Calu, a cerca de 3km do Centro, onde o macaco infectado foi encontrado morto.
Nos últimos 50 dias, pelo menos 16 primatas foram encontrados mortos no município. De acordo com o secretário de Saúde da cidade, Rodrigo Matos, alguns deles tinham sinais de espancamento, e a suspeita é de que eles tenham sido vítimas da população – que acabou assustada após a confirmação do primeiro caso de febre amarela no município.
Conforme o secretário, logo após a constatação do caso da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a campanha de vacinação para prevenção da doença foi intensificada, causando certo alarde nos alagoinhenses. “Iniciamos uma campanha de vacinação, visando orientar e atrair as pessoas. Os macacos foram aparecendo mortos, visivelmente machucados. É preciso salientar que eles não transmitem a doença, as pessoas tem que entender que matar os bichos não resolve nada. Eles são tão vítimas quanto nós, humanos”, disse. (Correio)