Um teste de DNA realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Salvador confirmou, nesta terça-feira (19), que o corpo encontrado em um parque da capital baiana é mesmo de Geovane Mascarenhas de Santana, morto aos 22 anos, depois de desaparecer ao ser abordado por policiais, nas imediações do bairro do Largo do Tanque.
De acordo com a polícia, corpo encontrado estava mutilado e carbonizado. A família, que no início descartava que o corpo fosse do jovem, aceitou a versão do IML e aguarda a liberação dos restos mortais para enterrar o filho.
Segundo informações do IML, Geovane teve cabeça, braços e testículos arrancados. As partes do rapaz foram encontradas no Parque São Bartolomeu, no bairro de Pirajá.
Segundo o pai do jovem, Jurandy Santana, o sepultamento de Geovane deve ocorrer assim que o atestado de óbito for liberado. O enterro deve acontecer no município de Serra Preta, distante 162 quilômetros de Salvador.
Desaparecimento - Geovane estava desaparecido desde o dia 2 de agosto, após ser abordados por policiais militares das Rondas Especiais (Rondesp). O sumiço foi informado à PM pelo pai da vítima, após percorrer diversas delegacias, sem sucesso, em busca do filho.
Imagens de uma câmera de segurança, obtida pela família com um comerciante do bairro da Calçada, mostram Geovane sendo abordado, agredido e levado em viatura da PM. Ele teve a motocicleta aprendida pelos policiais.
Os policiais envolvidos na abordagem foram presos e estão sob investigação. Eles afirmam ter liberado o jovem após a abordagem. Segundo a PM, os envolvidos são policiais com mais de 20 anos de serviço. Os PMs Cláudio Bonfim Borges, Jailson Gomes de Oliveira e Jesimiel da Silva Resende, envolvidos na abordagem feita à vítima, já foram ouvidos pela Corregedoria da PM, que abriu processo administrativo disciplinar para apurar a conduta deles.
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