Câmara dos Deputados aprova o fim da “saidinha” de presos em feriados

Por Redação
3 Min

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (20), o projeto de lei que põe fim às “saidinhas” de presos em feriados. O texto agora segue para sanção presidencial.

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O relator da proposta é o deputado Guilherme Derrite (PL-SP). Ele se licenciou do cargo de Secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, no governo de Tarcísio de Freitas, apenas para atuar na aprovação da pauta. Após a votação do projeto, ele retornará ao cargo de secretário.

Atualmente, a saída temporária permite que os detentos do regime semiaberto realizem visitas à família, frequentem cursos profissionalizantes, de ensino médio e superior, e participem de atividades para reintegração social.

O projeto sofreu alterações durante sua aprovação no Senado, em fevereiro. Foi mantida uma exceção para a saída temporária, no caso dos detentos de baixa periculosidade que estão matriculados em cursos estudantis ou profissionalizantes. Essa alteração foi mantida pela Câmara na votação de hoje.

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No relatório, Derrite argumentou que a sociedade se opõe ao benefício da saída temporária de detentos.

“A saidinha dos feriados é algo que a sociedade não tolera mais. Assim, ao permitir que presos que ainda não foram reintegrados ao convívio social se beneficiem de 35 dias por ano para desfrutar da vida em liberdade, o poder público coloca toda a população em risco”, escreveu em seu relatório.

A proposta de acabar com as “saidinhas” de presos tem gerado debates acalorados entre os parlamentares e a sociedade. Muitos defendem que a medida é necessária para garantir a segurança da população, enquanto outros argumentam que a saída temporária é importante para a ressocialização dos detentos.

O projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados ainda precisa passar pela sanção do presidente antes de entrar em vigor. Caso seja sancionado, o fim das “saidinhas” de presos em feriados terá impacto direto no sistema prisional do país.

Com a aprovação da proposta, espera-se que a segurança da população seja reforçada, evitando possíveis crimes cometidos por detentos beneficiados pelas saídas temporárias. A decisão também pode impactar a forma como os programas de ressocialização são conduzidos no sistema prisional brasileiro.

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