‘Lula é o comandante do esquema de corrupção’, diz procurador

Por Redação
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Em coletiva para detalhar sobre a denúncia do ex-presidente Lula, nesta quarta-feira (14), o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou que o petista é o “comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Petrobras durante seu governo".

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Dallagnol repetiu o esquema tinha como objetivos a manutenção da governabilidade, a perpetuação dos partidos no poder e o enriquecimento ilícito dos envolvidos, informa o Globo.

"Hoje o MPF acusa o sr. Luiz Inácio Lula da Silva como o comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Lava Jato", disse Deltan, durante entrevista em Curitiba.

De acordo com o procurador, a conclusão não leva em conta a história do ex-presidente ou da qualidade de seu governo:

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"O MPF não está julgando aqui quem Lula foi ou é como pessoa. Não estamos julgando quanto o seu governo foi ou não foi bom, o quanto ele fez ou não fez pelo povo brasileiro. O que o Ministério Público faz aqui é imputar a ele a responsabilidade por crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, em um contexto específico, afirmando qual é a medida de sua responsabilidade com base em evidências", declarou Deltan, afirmando que a mesma ressalva se aplica ao PT.

"Não se julga aqui a adequação de sua visão de mundo, sua ideologia, mas avalia sim se a agremiação se envolveu, por meio de seus diversos prepostos, em crimes específicos".

Para a operação, mesmo que não se possa afirmar que todos os apadrinhados que assumiram cargos públicos arrecadaram propinas, é possível "afirmar que existia um sistema com este objetivo, o qual abarcava seguramente diversos cargos públicos", disse o coordenador da operação.

"Só o poder de decisão de Lula fazia o esquema de governabilidade corrompida viável. (O ex-presidente) nomeou diretores para que arrecadassem propina. Sem o poder de decisão de Lula, esse esquema seria impossível".

O ex-presidente, a mulher dele, Marisa Letícia, e mais seis pessoas foramdenunciadas nesta quarta (14) por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do edifício Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo. Estão na lista de denunciados o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, e os ex-diretores da OAS Paulo Gordilho (responsável pela compra de móveis planejados para a cozinha do apartamento), Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.

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